Para todo bom vinho, um tipo de solo
O início do mês de dezembro (05/12) traz a comemoração do dia do solo. Mas, qual é a importância dele no processo de vinificação? A resposta para esta pergunta é simples: toda! Afinal, é o primeiro passo para alcançar um vinho de qualidade porque interfere na maturação fenólica, teor alcoólico e tons de acidez da bebida. Na prática, o elemento representa a camada superficial da crosta terrestre sendo formado por sais minerais, seres vivos e rochas em decomposição. Ou seja, trata-se de uma espécie de suporte a videira na qual acontece a nutrição da planta, absorção do calor, transmissão de energia e regulação do clima.
A partir da percepção da influência do solo no sucesso da produção do vinho, as vinícolas europeias impulsionaram na década de 70 um manejo intencional da terra ao analisar as propriedades físico-químicas da superfície. Neste sentido, é possível encontrar o cálcio que ajuda a neutralizar os níveis de pH, o ferro que atua na fotossíntese,o magnésio que trabalha na clorofila e o nitrogênio responsável pela síntese de proteína. Há também a presença de boro e manganês.
Entre os principais pavimentos para o cultivo das videiras estão o aluvial, calcário, granítico, arenoso e vulcânico. O interessante é que cada um deles fornece características específicas as uvas - o que resulta em vinhos de cores, aromas e sabores diferentes até mesmo quando produzidos com as mesmas frutas. Por exemplo, a frieza do calcário retarda o amadurecimento do fruto e gera uma bebida mais ácida como é o caso do Scavigna Bianco. O branco elaborado ao Sul da Itália na Calabria apresenta reflexos amarelos e esverdeados repletos de notas secas com um final agradavelmente frutado. Já a aridez do vulcânico proporciona bebidas encorpadas igual ao Marchese Montefusco - Syrah. O tinto vindo da Sicília é conhecido pelo vermelho púrpura intenso com taninos harmoniosos e tons tostados.
Em suma, não existe o melhor solo destinado a viticultura e sim aquele que atende as expectativas do produtor. Entretanto os especialistas costumam priorizar a utilização de vegetais em terras humildes com muitas pedras para promover o surgimento de matéria orgânica e evitar a erosão. A iniciativa tem o intuito de construir um ambiente de adversidade a videira para que a planta lute pela sobrevivência e estenda as raízes na profundidade do solo a fim de absorver o máximo de nutrientes. No mais, é fundamental ter o conhecimento da propriedade para saber lidar com as condições naturais e manter as plantações produtivas.
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