Procurando um bom vinho italiano? Comece pela denominação.
Amantes de vinhos adoram ler rótulos. Mesmo que nem sempre eles entendam completamente as classificações específicas de cada país produtor, é um enorme prazer ficar analisando cada denominação e comparando rótulos entre si, não é mesmo? O problema é que, hoje em dia, parece haver um número infinito de formas de classificar e categorizar vinhos, o que muitas vezes pode ser intimidante para quem está buscando conhecer mais sobre esse universo apaixonante.
Portanto, vamos começar desmistificando os rótulos de vinhos em geral: não há nada escrito ali que deva ser extremamente difícil ou acessível apenas para os entendidos. Basta compreender o sistema de classificação de cada país de origem para que tudo fique mais claro e compreensível. Essa denominação não só indica o país e região onde as uvas daquele vinho foram cultivadas, mas também as leis e regulamentos sob as quais o vinho foi feito. De maneira geral, quanto mais específicos são os limites da região vinícola, melhor o vinho que leva o seu nome. É por isso que é tão útil se familiarizar com pelo menos algumas denominações e siglas: você nunca mais vai comprar vinhos da mesma maneira.
Denominações dos vinhos italianos
O sistema italiano de categorização de vinhos foi originalmente concebido para valorizar as uvas típicas da Itália, elevando o vinho feito com variedades de uva italiana para os mais altos níveis do sistema DOC (Denominazione di Origine Controllata), DOCG (Denominazione di Origine Controllata e Garantita). Tais denominações existem desde 1963 e, atualmente, existem 329 diferentes tipos de vinhos DOC e 73 classificados como DOCG (veja o gráfico).
É claro que tais denominações não depõem contra as castas de uvas estrangeiras. Na verdade, muitos produtores italianos fazem vinhos de alta qualidade usando uvas toscanas autóctones (DOC e DOCG) e uvas internacionais. As mais usadas são as francesas, como a Merlot e Cabernet Sauvignon. Esta combinação é conhecida como “Supertoscano” e envolve também a utilização de uvas Sangiovese com outras uvas autóctones que podem não ser do tipo DOC e DOCG. Outros vinhos produzidos na Toscana feitos apenas com uvas internacionais podem levar este nome. Entretanto, uma vez que as uvas não são de origem italiana, os vinhos são tipicamente rebaixados para a classificação IGT (Indicazione Geografica Tipica).
Eis mais alguns termos relacionados aos vinhos italianos para ter em mente:
- Classico: entre os anos 1960 e 1970 muitos limites do sistema DOC foram revistos para incluir uma área maior. A denominação “Classico” refere-se, portanto, aos limites originais, mais restritos, da zona vinícola.
- Superiore: é muitas vezes utilizado como um padrão de qualidade de produção, geralmente indicando uma qualidade mínima mais elevada de uvas para vinho e, muitas vezes, uma exigência mínima de envelhecimento antes de o vinho ser comercializado.
- Riserva: é tipicamente usado como um padrão de qualidade de produção, muitas vezes referindo-se ao envelhecimento prolongado de um vinho antes da liberação.
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