Encontrando o equilíbrio: sustentabilidade é tendência em vinícolas
Cada vez mais ouve-se falar em sustentabilidade. O conceito que ganhou força no início do século XXI nasceu com o objetivo de integrar o desenvolvimento econômico, social e ambiental a fim de aumentar a qualidade de vida do ser humano a partir da proteção dos recursos naturais. Quando se trata do universo dos vinhos, não é diferente. A iniciativa existe para oferecer um relacionamento saudável dos produtores e consumidores com a bebida sem prejudicar a natureza durante o processo.
Atualmente a prática é tendência em vinícolas ao redor do mundo. Na África do Sul, 95% dos vinhos são elaborados com base em padrões sustentáveis enquanto que a Nova Zelândia apresenta há 23 anos uma política destinada a criar tecnologias que contribuem com a produção sustentável da bebida. O motivo para a aceitação internacional do conceito é uma fabricação diferenciada. O estilo tradicional preza uma produção em grande escala com o uso de agrotóxicos, mas o com foco na sustentabilidade prioriza o consumidor. Ou seja, o produto é feito de maneira artesanal e em poucas quantidades para garantir qualidade. Além desta questão, o mercado tem órgãos fiscalizadores que exercem o papel de assegurar o cumprimento das leis.
Neste contexto, o mercado sustentável conta com os vinhos orgânicos. Tratam-se daqueles produtos que dispensam o uso de fertilizantes, pesticidas, fungicidas e herbicidas (os famosos agrotóxicos) para centralizar a saúde do solo com materiais naturais. O resultado da mudança é uma terra capaz de prover nutrientes complexos às videiras e proporcionar uma facilitação na absorção deles. Por fim, as verdadeiras bebidas orgânicas costumam vir junto com o selo da Fairtrade Labelling Organizations International (FLO).
Por sua vez, os vinhos biodinâmicos também fazem parte do portfólio de sustentabilidade das vinícolas. É uma espécie de aprofundamento na temática de agricultura orgânica na qual se busca a harmonia com a natureza por estudos espirituais e filosóficos. É uma metodologia que não se restringe a produção da bebida e sim expande-se sobre uma determinada maneira de pensar. O movimento começou em 1920 levando em consideração os ensinamentos do filósofo austríaco Rudolf Steiner que enxerga a agricultura como um sistema interconectado vindo da energia cósmica. Alguns dos princípios da biodinâmica são plantar as uvas de acordo com as fases da lua e eliminar as pragas com elementos naturais como camomila ou a pedra quartzo. A instituição certificadora de referência desta vertente é a Demeter.
Entre os benefícios do consumo de vinhos sustentáveis encontram-se o aumento do envolvimento emocional com a bebida por conta do tipo de elaboração, intensificação de aromas e sabores, amenização de problemas de saúde e crescimento do valor nutritivo. Para quem deseja experimentar produtos com características de sustentabilidade, a identificação é simples. Veja abaixo:
Naturalidade - Do plantio das uvas até a produção do vinho não existe a presença de elementos químicos ou de mecanização. A bebida é realizada por meio de componentes orgânicos e do contato direto do produtor.
Ampla visão - Sustentabilidade está atrelada com o respeito a natureza. Porém, os cuidados com os recursos naturais vão além do solo, árvores, frutas e garrafas recicláveis envolvidas na elaboração do vinho. Na verdade, é preciso ter uma ampla visão para refletir sobre todo o ecossistema. Então, é fundamental ter caminhos para diminuir os consumos de água, energia, e combustível.
Comunidade - As práticas de sustentabilidade prestigiam o trabalho desenvolvido pelos produtores locais, pois estes profissionais tendem a seguir o perfil de produzir menos e manter a qualidade. Outro benefício da ação é o incentivo ao crescimento econômico da comunidade.
Que tal degustar um vinho que acompanha um propósito social? Para dar uma chance a sustentabilidade basta acessar o site: www.ivini.com.br/collections/organico.
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