Calabria: conhecendo a “ponta da bota”
Resorts à beira-mar, areia branca, águas quentes e cristalinas e uma vida noturna agitada. Durante um longo período a Calabria foi uma das regiões mais humildes da Itália, mas recentemente o governo conseguiu estimular a economia para idealizar reformas estruturais e desenvolver o turismo. A região localizada ao Sul, ou seja, “na ponta da bota” abrange 15.081 km² sendo 49% colinas, 42% montanhas e apenas 9% superfície plana. A população de 2,9 milhões de pessoas se divide na capital Catanzaro e nas demais províncias Cosenza, Crotone, Reggio e Vibo Valentia.
Quando trata-se da gastronomia, a Calabria é conhecida pelo uso do peperoncino (pimenta vermelha), molho de salsiccia (linguiça calabresa) e a tradicional sardella (patê de sardinha e ervas finas) que é muito utilizada em petiscos ou massas. Neste contexto, apesar da culinária ser um destaque para os turistas, não pode se esquecer de citar os vinhos. Os responsáveis pela disseminação da viticultura no local foram os gregos que até construíram uma tubulação a fim de facilitar o transporte da bebida do alto das colinas ao ponto de embarque.
Contudo, no Império Romano ocorreu uma queda na produção do vinho porque os romanos apreciavam somente variedades específicas. Já na Idade Média a vinificação alcançou o ápice e os títulos eram comercializados inclusive fora da Itália. Por sua vez, o início do século XX levou uma nuvem cinza as plantações de vinhas ao atingi-las com a praga filoxera e destruir o plantio. Diante deste cenário, é possível dizer que historicamente a Calabria elaborou bebidas em grandes quantidades, porém de baixa qualidade.
Felizmente, o passar do tempo trouxe mudanças para a região e atualmente existem produtores visionários que trabalham em plantios antigos ou novos com tecnologia avançada no solo calcária de marga com presença de argila e areia - o que aumentou o nível dos vinhos que são elaborados em uma quantia média anual de um milhão de litros. Na Calábria, as uvas tintas representam 75% da produção da bebida e a Gaglioppo é a principal delas. A espécie que balanceia acidez e taninos apresenta uma mistura de aroma frutado com notas florais.
Outra tinta que merece destaque é a Magliocco que mantém o frutado com tons de cereja e licor. Por fim, a representante das brancas é a uva Greco que a partir de uma colheita tardia resulta em vinhos leves e refrescantes com toques de mel e amêndoas. São cremosos, encorpados e de boa acidez.
Gostou de conhecer a “ponta da bota”? Para experimentar as delícias da Calabria basta acessar o site: www.ivini.com.br.
Comentários
0 Comentários