A cara do verão: vinhos brancos trazem o frescor necessário aos dias ensolarados
Entre as clássicas cenas presentes na mente de quem se afiniza com uma taça de vinho encontra-se a do fondue acompanhado de um tinto encorpado com o intuito de aquecer o ambiente nas baixas temperaturas - o que desassocia a degustação da bebida a estações como o verão. Mas, a verdade é que o produto não exige uma data específica para o consumo e apreciá-lo em dias ensolarados trata-se de uma atitude que pode render belas surpresas especialmente quando a escolha é o refrescante vinho branco.
Embora exista uma média de 10.000 variedades de uvas no mercado prontas para trazerem vida a este estilo de vinho, as ideais em períodos quentes são as que proporcionam as seguintes características: leveza, juventude, baixo teor alcoólico e tons secos. Neste contexto, a Chardonnay destaca-se pela simplicidade e versatilidade no cultivo sendo a base de bebidas extremamentes secas com influências amadeiradas. Por sua vez, a Riesling também entra na lista das brancas mais valorizadas pelos produtores devido a volubilidade. Ou seja, resulta tanto em um título seco e longínquo quanto em um produto doce e jovem. Outro fruto que tende a fazer a diferença na produção de brancos no verão é a Sauvignon Blanc que leva ao paladar uma acidez suave altamente frutada.
Quando o assunto são os processos de vinificação, a primeira atividade é inserir as uvas brancas em uma prensa horizontal e na desengaçadeira a fim de realizar uma compressão sutil das frutas para conseguir retirar o suco sem esmagar sementes e cascas. Em seguida, acontece a filtragem do líquido que passa pela sulfitagem onde recebe elementos antioxidantes com o objetivo de conservar a qualidade da bebida. Já na etapa de fermentação, o insumo é encaminhado aos tubos de aço inoxidáveis nos quais ocorre o controle da temperatura. Afinal, vinhos brancos leves devem ser mantidos em 8º a 10 º C enquanto que os secos precisam fermentar até o final da transformação de todo o açúcar em álcool etílico.
Ao abordar os tipos de brancos, é importante ressaltar que os agrupamentos deste estilo de vinho levam em consideração os aspectos de leveza/frescor, aromas/doçura e corpo. Contudo, há alguns títulos que fogem as regras e trafegam livremente em diferentes grupos. Para saber as principais estruturas da bebida, veja abaixo:
Leves - De pouco corpo, estes vinhos jovens são conhecidos pelo frescor, acidez acentuada e até uma certa mineralidade no sabor. Normalmente o consumo deve ser imediato em uma temperatura de 8º a 10ºC. Aos que desejam ter esta experiência degustativa, uma sugestão é o Baglio di Stefano - Pinot Grigio. As notas de coentro e limão harmonizam perfeitamente com entradas e pratos vegetarianos.
Encorpados - De menor acidez, os vinhos com maior potencial de envelhecimento em garrafa costumam apresentar aromas e sabores complexos por conta do amadurecimento em barris de carvalho. Neste caso, o elegante Vermentino Thilibas é uma ótima opção em conjunto com carnes brancas, massas e queijos.
Aromáticos - Caracterizada por um intenso perfume de flores e frutas, a bebida é recomendada aos degustadores iniciantes porque apresenta um paladar doce e equilibrado que se adéqua aos peixes e frutos do mar. Uma alternativa assertiva é o Marchese Montefusco - Chardonnay com ricas fragrâncias de flor de laranjeira e jasmim.
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