O casamento perfeito: como harmonizar vinhos e queijos
Para os amantes de vinho, o queijo é um velho conhecido. Afinal, este casamento perfeito para qualquer ocasião é consumido desde os primórdios da humanidade. Diante deste cenário, por que não aprender a combinar os dois elementos da maneira certa? Apesar da harmonização do alimento não fugir a regra tradicional de trazer equilíbrio ao paladar durante a degustação, a ampla gama de diversidade do lácteo é capaz de “dar um nó” na cabeça daqueles que estão dando os primeiros passos neste universo.
Neste contexto, o primeiro ponto a se levar em consideração no momento de harmonizar vinhos e queijos são as características de peso, textura, paladar e aroma dos alimentos. Ou seja, os mais leves e moles exigem bebidas de igual peso. Já os com maior teor de gordura se adéquam aos rótulos ácidos responsáveis por quebrar as moléculas de gordura. Por sua vez, os condimentados com forte presença aromática pedem uma intensidade similar enquanto que os lácteos amargos ou com alto nível de sal apresentam a tendência de tornar os taninos do vinho desagradáveis – o que coloca as bebidas suaves como brancos ou espumantes no patamar de melhores escolhas.
Em seguida, é necessário agrupar os queijos em famílias para facilitar a identificação dos elementos citados acima. Ao todo, existem no mercado sete categorias de lácteos. Veja abaixo!
- Queijo fresco: cottage, minas, ricota, de cabra e coalho são verdadeiros exemplos dos frescos que por conta da ausência de cascas conseguem ressaltar o sabor do leite. Neste caso, costumam ser leves e úmidos com paladar e aroma discretos. Portanto, são ideais para vinhos brancos refrescantes.
- Dica: Baglio Di Stefano - Pinot Grigio.
- Queijo fresco curado: os curados nada mais são do que uma variação dos frescos. Na verdade, contam com um período de maturação no qual o bolor formado no lácteo constrói uma fina casca amarela. Essa etapa resulta na permanência da maciez, porém, auxilia no surgimento de tons fortes e secos. Para equilibrar os sabores, uma boa alternativa são os brancos ácidos e frutados.
- Dica: Marchese Montefusco – Pinot Grigio.
- Queijo branco mole: os moles como brie e camembert são conhecidos pelas macias cascas brancas e um interior cremoso que muitas vezes relembra os gostos de cogumelos e amêndoas. Por conta da cremosidade, um caminho assertivo é investir em um branco ácido.
- Dica: Roeiro Arneis.
- Queijo semi-mole: a estrutura dos semi-moles vai do cremoso ao elástico. Por consequência, os sabores alternam de delicados a intensos (em certos lácteos há notas adocicadas). Então, os tintos estão aptos a encorpar a textura de exemplos como Comté e Cheddar. O paladar também é potencializado com esta escolha de vinho.
- Dica: Negroamaro.
- Queijo duro: emmental, gruyère e pecorino são alimentos complexos com textura quebradiça e levemente crocante. Na hora do consumo, os tintos com taninos marcantes agregam de maneira positiva a experiência de degustação.
- Dica: Sangiovese.
- Queijo azul: lácteos como roquefort e gorgonzola são caracterizados por um tom azulado e presença de bolor. Quanto ao paladar, apresentam umidade, oleosidade e um grande teor de sal. Nesta situação, é preciso partir para uma combinação por contraste. Portanto, a fim de equilibrar o intenso sabor salgado a saída é um tinto encorpado e doce.
- Dica: Savuto.
- Queijo temperado: esta espécie de lácteo pode ser dura, macia, picante, refrescante ou doce. Por este motivo, é fundamental escolher um vinho branco leve com frescor para evitar que a bebida se sobressaia aos temperos.
- Dica: Scavigna Bianco.
Por fim, é importante ressaltar que para valorizar a harmonização dos dois elementos é imprescindível abrir mão da tradição de servir todos os queijos ao mesmo tempo em tábuas e realizar a degustação em diferentes rodadas dos mais suaves para os sabores intensos.
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