Desvendando a adstringência do vinho
As uvas Cabernet Sauvignon, Syrah e Malbec apresentam um fator em comum: os taninos. Eles não têm cheiro e nem sabor. Porém, é possível identificá-los no vinho a partir da textura porque trazem um tom seco ao paladar logo após a degustação. Em termos químicos, este elemento é conhecido como polifenol e interage com as proteínas naturais da saliva do ser humano - o que resulta na sensação de adstringência.
Mas, por que dedicar um post aos taninos? Este componente presente nas cascas, sementes e cabos das uvas “mais grossas” são responsáveis pela pigmentação da fruta. A substância também tem a função de defender a plantação contra insetos e micro-organismos (principalmente quando os frutos ainda estão verdes).
Para o vinho, além de encorpar a bebida os taninos exercem um papel de conservante. Ou seja, contribuem com o aumento do período de vida do líquido. Já para as pessoas, os elementos beneficiam a saúde. Entre os efeitos positivos da substância aos consumidores encontram-se a prevenção de doenças cardiovasculares, inflamação e antioxidação.
Apesar de contar com uma série de benefícios, os taninos não agradam a todos os paladares. Por este motivo, o grau de adstringência do vinho é controlado durante o processo de produção da bebida no qual os componentes se acomodam nos barris de carvalho e em seguida são manuseados.
Neste contexto, os tintos costumam ser os mais tânicos. Afinal, ao longo da vinificação desta categoria de vinho o contato entre as partes da uva (cascas, sementes e engaços) e o suco extraído do fruto aumenta de forma significativa a presença de taninos. Por sua vez, os brancos e rosés também têm uma parcela de adstringência quase imperceptível devido ao pouco contato dos membros da fruta e do líquido na fermentação.
E você, o que acha da presença dos taninos em vinhos? Não deixe de compartilhar a sua opinião com a gente!
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