Tipos de amadurecimento do vinho e suas características
Cada vinho tem características específicas que são dadas por uma série de inúmeros fatores, que vão desde o tipo de solo onde a vinha é cultivada, à qualidade das uvas, desde a experiência do produtor, seu processo de vinificação, amadurecimento e envelhecimento. Hoje vamos falar especificamente sobre os dois tipos de amadurecimento mais comuns e as características que cada um deles dá aos vinhos. Vamos lá?
Primeiro, é importante entender que durante qualquer tipo de vinificação, o açúcar, por ação das leveduras, transforma-se em álcool e desenvolve aromas secundários. Neste ponto, no entanto, o vinho está imaturo e ainda precisa ser aperfeiçoado.
No momento em que o mosto termina a fermentação alcoólica, torna-se vinho para todos os efeitos. Como já dissemos, as leveduras transformam o açúcar em álcool e criam aromas secundários. No entanto, o vinho ainda está imaturo e precisa crescer e descansar para harmonizar os aromas. É o tempo que permite ao vinho ajustar a sua nitidez e equilibrar a acidez e os taninos. Desta forma, fica pronto para ser consumido. O período entre o final da fermentação e o engarrafamento é chamado de maturação, ou amadurecimento, do vinho.
Os recipientes mais comuns e conhecidos para esse estágio são os barris de madeira, majoritariamente o carvalho. Mas também pode ser feito em tanques de aço inox.
Amadurecimento em tanque de madeira
Cada vinho tem seu tempo próprio para maturação e os barris de carvalho são tradicionalmente utilizados pelos produtores para esse processo, pois é uma madeira capaz de conferir características especiais ao resultado final da bebida. À luz dos mais recentes conhecimentos adquiridos em enologia, tais como fenômenos de oxirredução, consumo de oxigênio e dissolução de componentes voláteis e não voláteis, o carvalho pode ser empregado visando favorecer a expressão e palatabilidade de um vinho de diversas formas.
A maturação nos barris de carvalho potencializa a coloração e o sabor do vinho, além de garantir o famoso toque amadeirado. Devido à porosidade da madeira, há uma oxigenação gradual da bebida, o que diminui a intensidade dos taninos, conferindo uma textura mais aveludada, mais suave para o vinho.
Geralmente, os tintos afinizam-se melhor com os barris que acrescentam aromas e sabores à bebida, além de deixá-la encorpada e macia.
Amadurecimento em aço inox
O amadurecimento também pode ser feito em tanques de aço inox para limitar a exposição do vinho ao oxigênio a fim de mantê-lo fresco.
Esse tipo de amadurecimento em aço inoxidável é mais utilizado nas vinícolas modernas, principalmente pelas possibilidades tecnológicas que oferecem os tanques de parede dupla, entre elas, o controle mais preciso da temperatura.
Por outro lado, diferente da madeira que permite uma oxigenação, nos tanques de aço inox a oxigenação é inexistente. Muitos produtores injetam ar em doses controladas através de uma válvula. No mercado, utiliza-se os tanques de aço em vinhos brancos para manter o frescor, aromas e as características frutadas.
Conta pra gente, você já conhecia esses dois tipos de amadurecimento e sabia as diferenças?
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