Vinhos do velho mundo x novos: qual é a diferença?
Você provavelmente já ouviu falar sobre os vinhos do novo mundo e do velho? Essa diferença leva em consideração principalmente a data referente aos primeiros relatos sobre vitivinicultura.
Entre os países de cada um desses mundos, há características completamente diferentes e outras muito parecidas, que também são retratadas no modo em que os vinhos são produzidos, consumidos e comercializados. Por conta disso, conhecer a enocultura de cada região pode nos ajudar a entender os costumes daquele povo e sobre a história de cada uma das nações.
Gostos mais ecléticos e globalismo obscureceram as distinções entre vinhos do velho e do novo mundo, tanto que muitos estilos do novo mundo poderiam hoje em dia passar por velhos e vice-versa.
Por isso, hoje, vamos falar sobre as principais características dos vinhos do novo e do velho mundo. Vamos lá?
De forma bem resumida, é possível afirmar que o Velho Mundo diz respeito aos países mais ‘’antigos’’, ou seja, aqueles que apresentaram uma socialização mais precoce a partir do viés dos povos europeus. Nessa região, que posteriormente tomou como colônia as outras partes do mundo, sociedades se formaram e estruturas políticas também nasceram, assim como o conceito de nação e Estado.
Nas últimas duas décadas, o termo Novo Mundo tem sido uma abreviação para os países principalmente do hemisfério sul, como Austrália, Nova Zelândia, Chile e África do Sul.
É mais uma maneira de dizer aos consumidores o que esperar de um vinho. Por “novo mundo”, eles estão falando essencialmente sobre a indústria vinícola moderna, ao invés daqueles países e regiões onde as coisas são feitas da mesma maneira que sempre foram, bem como vinhos que são geralmente mais frutados, mais cheios, encorpado e com teor alcoólico mais alto do que os vinhos tradicionais do velho mundo.
Mas vale reforçar que a maioria desses países do chamado “novo mundo” também tem vinhas velhas, bem como tradições de vinificação que remontam a pelo menos 100 anos. Por exemplo, no Chile, há vinhas, introduzidas por missionários espanhóis no século XVI, que ainda produzem vinhos notáveis e distintos.
Os gostos também mudaram, então agora você encontra alguns produtores do “velho mundo” fazendo vinhos em um estilo mais ousado e mais “frutado”, enquanto muitos produtores do “novo mundo” estão adotando o estilo mais tradicional, com métodos como o uso de ânforas, leveduras naturais e pisa a pé, enquanto o movimento do vinho natural é quase tão popular no novo mundo quanto no antigo.
Mesmo regiões tão tradicionais como Bordeaux e Rioja terão expoentes de diferentes estilos. Em Rioja, por exemplo, você pode encontrar bodegas que fazem reservas clássicas de carvalho e outros produtores, como Roda, que usam nomes em vez de classificações para seus melhores cuvées.
Então, como você pode dizer quem está no campo “antigo” e quem é “novo”? Consulte os sommeliers ou apenas compre e experimente!
Gostou de saber mais sobre os vinhos do Velho e Novo Mundo? Conta pra gente aqui nos comentários se você já conhecia essas informações!
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