Descobrindo aromas e sabores
Degustar um vinho é muito mais do que apenas o ato de consumir uma bebida. É abrir uma porta para diferentes aromas e paladares presentes em espumantes, rosés, brancos e tintos. Afinal, no mercado existe uma garrafa para cada gosto. Porém, o que poucos consumidores sabem é o fato de que há uma maneira profissional de realizar a degustação. Na prática, este processo tem quatro etapas: análise visual, análise olfativa, análise gustativa e a conclusão. Quer saber mais? Então, veja as explicações abaixo.
Análise visual
Com o vinho na taça, é o momento de degustar por meio da análise visual. Mas, antes de começar este procedimento, é importante verificar a quantidade de bebida servida. Para evitar dificuldades futuras, o ideal é servi-la até menos da metade do recipiente. Pois, bem. A partir desta checagem, fique atento a coloração. Este fator é capaz de indicar o nível de acidez – um brilho intenso significa que o tom ácido será elevado. Já uma cor intensa quer dizer maior corpo.
Para identificar estas características, basta inclinar a taça levemente sobre uma folha de papel branco ou guardanapo em um ambiente bem iluminado. O vinho deve ser observado da borda ao centro. Ao incliná-lo e voltá-lo a posição inicial, é possível perceber gotas que escorrem pela “parede” do recipiente. Estes elementos são conhecidos como “lágrimas” ou “pernas” da bebida e acontecem por conta do álcool. Ou seja, quanto mais lentas forem, mais alcoólico o conteúdo será.
Análise olfativa
A análise olfativa é considerada uma das mais importantes da degustação. Por este motivo, é fundamental ter cautela. Não deixe de evitar o uso de perfumes marcantes e de optar por estar em um local sem interferência de aromas. Em seguida, lembre-se de girar a taça para oxigenar o vinho e liberar os compostos aromáticos – repare que o cheiro da bebida aumentará a intensidade, sendo simples identificá-lo.
Concentre-se em diferenciar desde os aromas básicos aos complexos. Eles são divididos em três categorias:
Primários - Vêm das uvas, portanto, costumam relacionarem-se a frutas, flores e ervas.
Secundários – Surgem durante a produção do vinho e costumam ser lácteos, fermentados e tostados.
Terciários – Aparecem ao longo do amadurecimento da bebida em barris de carvalho ou em garrafa. Têm cheiro de especiarias, couro e frutas secas.
Análise gustativa
Doçura, acidez, taninos, álcool, corpo e “final de boca” são comprovados na análise gustativa. Para ter sucesso nesta fase, tome um gole do vinho sem engoli-lo. O exercício é girá-lo pela boca a fim de ativar todas as papilas. Depois, dê pequenos goles para tentar compreender isoladamente cada elemento.
Neste processo, se atente aos seguintes aspectos:
- Vinhos frutados dão uma leve impressão de serem secos.
- A acidez causa salivação e sensação de frescor. Mas, em excesso traz um toque azedo.
- Taninos são responsáveis pela sensação de secura na boca. Ao estarem presentes no vinho deixam dentes, gengiva e língua ásperos.
- Quanto mais alcoólica a bebida, maior a sensação de corpo e “quentura” no paladar.
- O corpo é definido como o peso que o vinho faz na boca e pode ser leve, médio ou encorpado.
- “Final de boca” é o tempo em que o gosto do vinho permanece no paladar após a degustação e permite sentir sabores que só aparecem no final do procedimento.
Conclusão
Depois de realizar as análises, é necessário concluir a degustação com uma avaliação. O essencial é dissertar sobre as características que mais lhe agradou ou não. Outro ponto fundamental é atentar-se a questão do equilíbrio da bebida. Estes aspectos o ajudarão a definir o estilo de vinho da sua preferência.
Por fim, degustar um vinho trata-se de apreciá-lo e prová-lo de forma cuidadosa com o auxílio da visão, olfato e paladar. Que tal testar estas quatro etapas? Acesse: www.ivini.com.br.
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