Aragonês, uma das principais casta vermelha em Portugal
Por trás de um grande vinho, sempre tem uma grande uva, não é mesmo? Os vinhos portugueses têm um caráter especial que muito vem das uvas da região, sendo a uva Aragonês a principal casta vermelha em Portugal, além de ser uma das raras variedades a ser valorizada tanto no país português quanto na Espanha. Hoje vamos falar mais sobre essa uva. Vamos lá?
É também a principal casta vermelha em Portugal, mas aqui costuma ser misturada com outras castas, principalmente Touriga Nacional e Touriga Franca, bem como com a Trincadeira no Alentejo e Alicante Bouschet.
Os portugueses, dependendo da região, chamam-na por dois nomes diferentes: Aragonez ou Tinta Roriz (este último nome é usado apenas nas regiões do Dão e Douro) e é uma casta muito especial, muito produtiva, mas capaz de produzir excelentes vinhos com rendimentos moderados. Ela origina vinhos tintos ricos, vivos e robustos que combinam elegância com abundantes sabores frutados a frutos silvestres e especiarias. É uma casta de maturação precoce, muito fértil, bem adaptada às diferentes condições climáticas e solos, embora prefira um clima quente e seco em solos arenosos ou argiloso-calcários.
Origem da uva Aragonês
A casta tem origem espanhola, provavelmente derivada da região de Valdepeñas. Mas estima-se que a Aragonês surgiu em Portugal entre finais do século XIX e princípios do século XVIII, visto que as primeiras referências à uva datam de 1822. Sendo importada para a região do Douro pela Quinta da Romaneira.
A popularização da casta em Portugal começou com o surgimento das cooperativas nos anos 50. Por ser uma variedade também muito bem adaptada às diferentes condições climáticas e solos, espalhou-se rapidamente por outras regiões, como o Dão, Alentejo, Ribatejo, onde se encontra particularmente bem adaptada às condições locais.
Vinho com Aragonês
Esta casta dá origem a vinhos com elevado teor alcoólico, baixo teor de acidez e adequados ao envelhecimento, sendo bastante resistentes à oxidação. Em boas safras, dá vinhos encorpados e altamente aromáticos, com leve aroma de couro e aromas de pimenta e frutas vermelhas como morangos maduros.
Seus vinhos são intensamente perfumados e complexos. Os aromas iniciais de ameixa e frutos silvestres tornam-se mais complexos com o desenvolvimento. Dá vinhos de degustação suave com ácidos elementares, taninos, considerável estrutura e complexidade.
A uva Aragonês dá elevados rendimentos e também é essencial para blends de Vinho do Porto. As castas de vinhos tintos também podem apresentar bons resultados, especialmente na região do Dão, enquanto os melhores lotes do Alentejo costumam conter uma percentagem mais elevada da variedade. No entanto, a uva mostra o seu máximo potencial quando é misturada com outras variedades.
Harmonização com comida
Aragonês vai bem com pratos asiáticos e indianos, bem como peixes mais leves e menos oleosos como atum. Além disso, eles também vão bem com pratos vegetarianos, especialmente aqueles feitos com vegetais grelhados trazem oportunidades excepcionais de emparelhamento.
Vinho com Aragonês na Ivini
O vinho 3 Herdades Tinto, da vinícola Herdade Paço do Conde, da região do Alentejo, é produzido com 50% de uvas Aragonês, mais 25% de Trincadeira e 25% de Touriga Nacional. O resultado do blend é um vinho com tonalidade rubi, aromas de frutas vermelhas e um paladar suave, macio na boca com taninos marcantes.
Não há dúvidas que a Aragonês (Tinta Roriz) é hoje uma casta imprescindível que pode produzir excelentes vinhos, sozinha ou em lote, em Portugal.
Confira aqui outros rótulos com Aragonês que estão na seleção especial da Ivini: https://bit.ly/3oDmut2
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