Olhares atentos: Conheça o vinho pela cor
Indo contra o que você pode imaginar, a primeira avaliação de um vinho não é feita pelo aroma ou sabor e sim com os olhos. Mas, o que essa afirmação quer dizer? Na verdade, as tonalidades de uma bebida dizem muito sobre ela. A partir da observação das cores, é possível conhecer características que indicam: idade, corpo, viscosidade, tipo de uva presente na composição, tempo de maturação, acidez, efervescência, adstringência, teor alcoólico e até mesmo saber se a safra foi colhida em temperaturas frias, quentes ou chuvosas.
Para começar a explicação, que venham os tradicionais vinhos tintos... A modalidade da bebida é produzida por meio de uvas com casca. Ela também é formada por componentes vermelhos chamados de antocianinas e substâncias amareladas. Dessa forma, na juventude a cor vermelha domina a amarela. Contudo, o tom avermelhado é passível de mudança e desaparece conforme o envelhecimento do vinho. A partir daí, aparecem as tonalidades alaranjadas e em telha.
Vermelho-púrpura: Tintos muito jovens que apresentam um equilíbrio entre acidez, tanicidade e maciez.
Vermelho-Rúbi: Tintos de jovem a pronto com a acidez, tanicidade e maciez em um discreto equilíbrio.
Vermelho-Alaranjado e Vermelho-Telha: Tintos envelhecidos com uma intensa maciez.
Uma boa sugestão para apreciar uma das tonalidades de vinho tinto é o Baglio Di Stefano. Diretamente da Sicília, a bebida em intenso vermelho-rúbi tem um aroma de frutas vermelhas e especiarias que harmonizam perfeitamente com carne assada, massa em molho à bolonhesa e queijos.
Já os vinhos brancos são compostos predominantemente por uvas verdes ou tintas sem a casca. Portanto, uma bebida jovem é praticamente incolor e pode apresentar reflexos esverdeados. Enquanto que um tom amarelo ganha força ao envelhecer, principalmente se for amadurecido em barricas de carvalho. Às vezes é possível atingir um tom dourado no caso dos adocicados.
Amarelo-Esverdeado: Vinhos jovens, frescos e brilhantes. Trazem mais acidez do que maciez. Os reflexos verdes tendem a diminuir depois do primeiro ano de vida.
Amarelo-Palha: Vinhos jovens com um equilíbrio perfeito entre acidez e maciez. São elaborados a partir de uvas colhidas em plena maturação, então, também tem uma concentração de açúcar.
Amarelo-Dourado: Vinhos maduros e brilhantes que sobrepõem a maciez à acidez.
Amarelo-Âmbar: Proporcionam um equilíbrio de acidez e maciez, mas, com tons macios mais intensos.
Uma opção para mergulhar nas tonalidades de brancos é o Roero Arneis. De Piemonte, o visual amarelho-palha leva a uma ótima combinação de sabores com peixes, legumes e carnes brancas.
Por sua vez, os rosés são produzidos com uvas tintas que ficam menos tempo em contato com as cascas durante o processo de fermentação. Neste caso, a coloração depende da variedade da uva, método de elaboração e período de maceração. A cor rosada perde-se facilmente com o passar dos anos dando espaço a um tom amarelado. De forma geral, são vinhos que devem ser consumidos ainda jovens.
Rosado: Por ser elaborado com uvas tintas pouco maceradas, apresentará reflexos violáceos na juventude. Quando é obtido a partir de uvas praticamente sem cor tem tons que lembram cascas de cebola.
Cereja: São bebidas em tonalidades da fruta cereja. Podem ter variações entre o violáceo e o alaranjado de acordo com o grau de maturidade.
Clarete: É o limite entre o rosado e tinto. É vivaz em cor e apresenta reflexos em violeta no primeiro ano de vida antes de seguir para o alaranjado.
Para apreciar um dos tons de rosé, o rosado Scavigna Rosato é perfeito. Leve e refrescante a bebida harmoniza com pratos vegetarianos, carnes brancas, aperitivos e queijos suaves.
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