Entre as variáveis que costumam fazer a diferença no momento da escolha de um vinho encontram-se indicações de conhecidos, avaliações de especialistas e rótulos presentes nas garrafas. Mas, já parou para pensar que a decisão também pode ser feita ao levar em consideração a sua personalidade? Afinal, o ideal é ter a mente aberta a fim de explorar novos aromas e sabores só que muitas vezes os amantes da bebida priorizam o consumo do mesmo estilo de produto. 

Neste contexto, um estudo idealizado pela French Wines With Style identificou que os apreciadores de brancos, rosés e tintos apresentam perfis contrários uns aos outros. Enquanto as pessoas que preferem os tintos são tímidas e com traços fortes, as que optam pelos brancos tendem a ter um comportamento prático e confiante. Já quem escolhe os rosés é extremamente sociável e caloroso. Veja a lista abaixo com as características de vinhos que melhor se adequam a você:

Pinot Noir

Doce e com uma personalidade única, o consumidor da uva vermelha Pinot Noir representa um desafio porque deseja que tudo seja feito a sua maneira - o que o leva a ser um consumidor bem sensível. Porém, mostra-se quieto, focado elegante.

Sauvignon Blanc

Energia é a palavra de ordem dos apreciadores da uva branca Sauvignon Blanc. Ao estar sempre no controle das situações, revela-se uma pessoa forte e competente sendo o líder do grupo em que está inserido. No âmbito social, chama a atenção e tem a agenda cheia.

Malbec

Por ser uma pessoa intensa e sentimental, prefere poucos e bons amigos a fim de ter conversas longas de alto padrão. Contudo, os que priorizam a uva tinta Malbec são flexíveis com pessoas que não se encaixam no seu perfil.

Rosé

Este consumidor de rosé sonhador é romântico e apaixonado pela vida. Delicado e caloroso, inspira as pessoas ao redor a serem positivas - o que combina com os gostos de serem sociáveis e alegrar as pessoas. Por fim, ele é aberto ao novo e se adapta facilmente a circunstâncias.

Cabernet Sauvignon

Apesar de gostar de uma roda de conversa animada, o apreciador do tinto Cabernet Sauvignon prefere ouvir mais do que falar sendo assertivo e direto na comunicação.

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É primeiro de abril! Certamente, você já ouviu esta frase após ser enganado em uma piada. Na prática, o costume de brincar com a veracidade dos fatos surgiu na metade do século XVI na França no momento de transição do calendário juliano para o gregoriano no qual as datas comemorativas foram modificadas.

Por sua vez, o Ano Novo deixou de acontecer no período de 25 de março a primeiro de abril a fim de ser celebrado apenas no início de janeiro (01/01). Contudo, a lentidão nos processos de comunicação fez com que a notícia não chegasse para muitas pessoas que continuaram a seguir o antigo hábito. Logo, passaram a ser alvo de piadas dos demais franceses. Atualmente, o Dia da Mentira caiu nas graças das crianças, adolescentes e adultos ocidentais.

Quando o assunto são falsas informações, o universo vinícola é um dos impactados. Afinal, o vinho está presente na sociedade há milênios - o que contribui com o aparecimento de teorias nem sempre verdadeiras. Neste contexto, que tal testar os seus conhecimentos a respeito da bebida? Veja abaixo uma lista de mitos sobre o produto.

As uvas determinam o estilo de vinho

Diante da circunstância em que as cascas das uvas são as responsáveis pela coloração dos vinhos, uma parcela de amantes da bebida acredita que as frutas determinam o título a ser produzido. Ou seja, as claras resultam nos brancos enquanto que as vermelhas formam os tintos. Entretanto, é possível retirar as cascas dos frutos durante a vinificação antes que elas entrem em contato com o líquido. Então, independente do produto a escolha do fruto cabe totalmente ao produtor sendo que a atividade de mesclar as uvas está cada vez mais conquistando espaço nas vinícolas.

A Itália dedica-se apenas aos tintos

Entre os famosos tintos ao redor do mundo, encontram-se os italianos Chianti, Barolo e Brunello di Montalcino. Além desta questão, a Itália é caracterizada por produzir duas vezes mais este tipo de bebida do que os brancos. Mas, o “país da bota” apresenta todas as características necessárias para ambas as produções. A região de Campania é conhecida pelo desenvolvimento de excelentes brancos como o Fiano di Avellino e Greco di Tufo. Já as capitais do vinho tinto Piemonte e Toscana elaboram os seguintes brancos finos: Gavi, Arneis e Vernaccia di San Gimignano.

Vinho doce tem açúcar

Apesar de parecer natural a associação dos vinhos doces com a etapa de adição do açúcar, nenhum destes produtos sofrem este procedimento. Na verdade, a sensação adocicada da bebida provém das próprias uvas porque nem todas as moléculas de açúcar das frutas são transformadas em álcool durante a fermentação.

Vinhos italianos harmonizam somente com a gastronomia típica

É inegável a explosão de sabores que se constrói no paladar ao degustar um bom vinho italiano acompanhado de um prato típico do país como as massas. Porém, a funcionalidade das bebidas ultrapassa os limites da “região da bota” desde que a harmonização cumpra a norma de que o produto deve valorizar o alimento. Portanto, os complexos tintos se adéquam perfeitamente a ingredientes igualmente de peso. Por sua vez, a delicadeza dos brancos são ótimas combinações com alternativas leves de entradas, peixes e carnes brancas.

Rolhas de cortiça desbancam as de screw cap

Enquanto os vinhos da Austrália são fechados com screw cap desde a década de 70 e os da Nova Zelândia passaram a ser 80% lacrados com este material de alumínio, ainda existe um preconceito com este recurso nas demais culturas. Contudo, a rolha screw cap mantém uma distância maior entre o ar e a bebida do que as tradicionais - o que otimiza a preservação dos aromas e sabores do produto. Outra vantagem deste recurso é ser extremamente acessível economicamente.

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Quando se trata de vinhos, o céu é o limite do repertório de utilidades da bebida. Ao ser introduzido na cozinha, o produto torna-se aquele “toque especial” em pratos tradicionais ou inovadores ao acrescentar sabores e aromas peculiares nas seguintes atividades gastronômicas: marinada (pré-preparo do alimento no qual os ingredientes permanecem submersos em um líquido normalmente ácido), cozimento na panela e na elaboração de molhos de acompanhamento.

Neste contexto, o ideal é priorizar a harmonização de títulos que apresentam características gustativas semelhantes aos elementos que compõem os pratos. No caso, os amantes de vinhos devem ter em mente que os tons de acidez presentes nos brancos se adequam perfeitamente à delicadeza das opções mais leves tais como verduras, legumes, frutos do mar, peixes e proteínas brancas ou vermelhas com ausência de excesso de gordura. Já as complexas estruturas dos tintos realçam o paladar de carnes vermelhas fortes e alternativas alimentícias com uso de conservantes. 

Em termos práticos, um detalhe capaz de fazer a diferença no resultado final dos preparativos é a escolha do estilo da panela. Modelos de ferro, cobre e alumínio costumam reagir com as notas ácidas da bebida - o que resulta em um aumento de acidez nos ingredientes. Portanto, uma escolha assertiva são as de inox. Outro fator que também interfere na receita é o tempo, sendo necessário um período de 45 minutos para a evaporação de todo o álcool e para que o sabor da bebida consiga ser incorporado aos alimentos.

Que tal colocar as mãos na massa? Veja abaixo dicas incríveis de pratos com vinhos:

Frango

Ingredientes: 8 sobrecoxas de frango; 1,5 litros de vinho branco; 1 cebola; 1 cenoura; 2 dentes de alho; 1 bouquet garni (ornamento amarrado de ervas); 3 colheres de sopa de óleo; 3 colheres de sopa de farinha de trigo; sal e pimenta-do-reino a gosto.

Preparo: misture o frango, vinho, cebola, cenoura, alho e as ervas em uma tigela. Em seguida, cubra a mistura com papel plástico e deixe-a na geladeira até o dia seguinte onde será necessário escorrer o líquido formado a fim de dourar os pedaços da proteína no óleo aquecido. Com o frango na panela, refogue a cenoura e a cebola na mesma frigideira e junte-as à carne. Neste momento, polvilhe o preparativo com farinha de trigo e misture bem. Por fim, tempere o conjunto com o sal, pimenta-do-reino, ervas e alho. Em paralelo, adicione a bebida alcóolica até ferver o cozimento. Abaixe o fogo, tampe a panela e cozinhe os alimentos por em média uma hora. Separe os pedaços de frango, passe o molho por uma peneira e regue a proteína com ele.

Sugestão: Marchese Montefusco - Pinot Grigio

Ravióli

Ingredientes: 1 cebola; 2 colheres de sopa de azeite de oliva; 400 gramas de tomate sem casca em lata; 2 dentes de alho; 2 colheres de sopa de manjericão picados; ¼ de colher de chá de pimenta malagueta triturada e ¼ de xícara de vinho tinto.

Preparo: frite a cebola no azeite em fogo baixo por aproximadamente 20 minutos. Adicione à mistura o vinho, tomate e pimenta. Deixe o molho cozinhar também em fogo baixo até engrossar e atingir metade do tamanho original. Para que isso aconteça, é necessário lembrar-se de sempre mexer o líquido. Por último, sirva com o ravióli de preferência.

Sugestão: Nero d'Avola IGT Sicilia

Sommeliers, enólogas, enófilas e consumidoras. Atualmente, é possível encontrar ao redor do mundo mulheres que se afinizam com os mistérios e encantos do vinho presentes em toda a cadeia do mercado vinícola. Mas, a verdade é que a realidade nem sempre foi assim. Na postagem anterior sobre a força feminina ao longo da história da bebida você entrou em contato com os perfis daquelas que abriram as portas para que as novas gerações tivessem a chance de conquistar espaços neste nicho. E, quem são elas? É o que descobrirá a seguir com a lista das cinco profissionais com maior poder de influência na modernidade. 

Gina Gallo

O enólogo é o responsável por tomar todas as decisões durante a elaboração do vinho. Ou seja, atua desde a análise do solo até o encontro das melhores práticas para a colheita das uvas. O especialista também costuma participar do período pós-colheita ao definir o momento ideal para a comercialização do produto final. No caso, esta foi a profissão escolhida pela norte-americana Gina Gallo que começou a trabalhar na vinícola familiar Gallo Family Vineyards. Localizada na Califórnia, a companhia fundada em 1933 por Ernest (tio-avô) e Julio Gallo (avô) tornou-se uma gigante mundial com uma venda média de 75 milhões de caixas de vinhos ao ano.

Annette Alvarez-Peters

Entre as responsabilidades de ser um diretor de compras do departamento de vinhos e cervejas da importadora norte-americana de vinhos finos franceses Costco encontram-se o direcionamento de compradores regionais, assistência a compradores internacionais, liderança do desenvolvimento de novas bebidas para o programa Kirkland Signature, estreitamento de relações com fornecedores e distribuidores, e, interação com os demais departamentos da companhia que estejam envolvidos com a comercialização dos produtos alcoólicos. Diante deste cargo, Annette Alvarez-Peters contribui para o alcance de uma venda anual de US$ 1 bilhão enquanto também se dedica a produzir seis colunas ao ano para a publicação interna “Conexão Costco”.

Debra Meiburg MW

Nascida na Califórnia, Estados Unidos, Debra Meiburg é a primeira pessoa com base no continente asiático a atingir o título de Master of Wine - teste de qualificação que avalia o conhecimento teórico e prático sobre a bebida. Em seguida, idealizou a  Cathay Pacific Hong Kong International Wine e Spirit Competition a fim de promover competições sobre vinho também na região asiática. Além destas realizações, ela trabalha como juíza de concursos da bebida.

Judy Leissner

Judy Leissner assumiu a vinícola familiar Grace Vineyard com apenas 24 anos de idade. Ao longo de uma década conseguiu transformar a marca originária de Hong Kong no carro-chefe do vinho fino chinês sendo que a propriedade de 200 hectares produz cerca de dois milhões de garrafas anualmente com vendas nos principais bares e hotéis de luxo da China. 

Elisabetta Foradori

Aos 20 anos Elisabetta viu-se à frente dos negócios da família Foradori. Localizada em Trentino na Itália a vinícola apresenta 26 hectares de vinhedos divididos entre as regiões do Campo Rotalino e das Colinas de Cognola. Neste ambiente, a enóloga transformou-se em uma das principais produtoras da tradicional uva fina Teroldego cujo o cultivo é extremamente complexo. Ao longo do tempo, a profissional optou por adotar uma abordagem biodinâmica na agricultura das castas. 

Que tal comemorar as conquistas das mulheres no mercado vinícola com um vinho de qualidade? Acesse: www.ivini.com.br. 

Quando se trata de igualdade na sociedade, a luta das mulheres não é nenhuma novidade. Inclusive, na vinicultura. Uma pesquisa conduzida pela Australia’s The Fabulous Ladies’ Wine Society identificou que uma a cada cinco mulheres ao redor do mundo na indústria do vinho recebe um salário menor do que o colega do gênero masculino. Ainda neste contexto, duas a cada três profissionais relataram casos de assédio e preconceito no ambiente de trabalho.

Felizmente, cada vez mais esta situação caminha para uma realidade com modificações efetivas a partir de um número crescente de mulheres dispostas a fazer a diferença no mercado. Mas, é importante ressaltar que esta conquista de espaço está sob as asas de um consagrado time de forças femininas. Quer saber quem são aquelas que abriram as portas para as novas gerações e marcaram a história do vinho? Veja abaixo:

1777 a 1866

Barbe-Nicole Ponsardin nasceu em Reims, na França, em uma nobre família do segmento têxtil que também tinha um envolvimento com a política. Casou-se aos 21 anos com François Clicquot que chegou a falecer seis anos depois, o que a deixou à frente da produção de champanhe na marca Veuve Clicquot. Por sua vez, a francesa guiou a idealização da técnica riddling na qual as bebidas são engarrafadas em um ângulo de 45 ° com a rolha para baixo. A cada dois dias os produtos são agitados e alternados da esquerda para à direita sendo armazenados novamente em um ângulo maior. A metodologia contribui para que os sedimentos do líquido caminhem em direção ao topo da garrafa. Ao todo, o processo dura de oito a dez semanas.

1811 a 1896

Antónia Adelaide Ferreira é de Peso da Régua, em Portugal, e descobriu a veia empreendedora aos 33 anos ao ficar viúva do marido. Ferreirinha, como era popularmente conhecida, casou-se novamente com o administrador José da Silva Torres e dedicaram-se ao cultivo do vinho do porto. Juntos, o casal enfrentou a ausência de incentivos do governo que priorizava o investimento em construções de estradas e na aquisição de vinhos espanhóis. Outro feito da empresária foi o deslocamento até a Inglaterra para entrar em contato com as tendências em vinificação a fim de salvar as plantações que estavam infestadas com a peste filoxera. 

1890 a 1965

Emily Law de Lauriston Boubers casou-se com o neto  de um dos sócios da produtora francesa de vinhos espumantes Bollinger que faleceu em 1941. Por consequência, “Lily” assumiu a empresa em plena Segunda Guerra Mundial no período em que a França foi ocupada pelos nazistas. Contudo, a adversidade não foi um impedimento para que ela viajasse ao redor do mundo para promover a marca e expandisse a produção  de bebidas por meio da compra de vinhas.

1951

A engenheira agrônoma e pós-graduada em viticultura na França Maria Luz Marin é a primeira mulher a exercer a função de enóloga no Chile onde quebrou um paradigma climático da vinificação ao construir a  produtora Viña Casa Marin em San Antonio. O local é caracterizado pelas neblinas matinais, ventos fortes e baixas temperaturas na época do amadurecimento das uvas - o que não é comum no meio. Mas, aos poucos mostrou aos especialistas que vale a pena apostar em um clima frio.

1953

Donatella Cinelli pertence a uma família de produtores de Brunello di Montalcino na Toscana e estimulou o crescimento do turismo de vinho na Itália ao criar o movimento Manifestação Vinícola Aberta. Após trabalhar em um ambiente familiar por 14 anos decidiu empreender ao abrir a vinícola Casato Prime Donne na qual trabalham somente mulheres na elaboração de Brunellos. Os produtos do negócio encontram-se entre as premiações de melhores vinhos italianos.

1954

Apesar de ser formada em Filosofia e Matemática, a inglesa Jancis Robinson está na lista das maiores especialistas em vinho ao redor do mundo sendo a primeira pessoa fora do círculo de vinicultores a receber o título de Master of Wine - teste de qualificação que avalia o conhecimento teórico e prático sobre a bebida. Além de ser autora de valiosas publicações como o Atlas do Vinho, ela participa de degustações internacionais e foi a escolhida como consultora oficial da adega do Palácio de Buckingham.

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