Já chegou a pedir um vinho em um restaurante e antes da bebida chegar à mesa torceu para ter feito a escolha certa? Ou tentou comprar uma garrafa no supermercado, mas, se retraiu por não entender o rótulo? Se as respostas para as perguntas forem sim, não se desespere. Você não é o único e nem o primeiro a passar por situações como estas. Tintos, brancos, rosés, espumantes e licores fazem parte de um universo extenso que começa pelo cultivo, passa pela produção e chega à degustação. Ou seja, é inevitável a aparição de conceitos e termos técnicos capazes de confundir a mente de quem está dando os primeiros passos no segmento.

Pensando em ajudar os apreciadores de primeira viagem a conhecer um pouco mais sobre o universo dos vinhos, a Ivini fez uma seleção com as cinco expressões indispensáveis quando o assunto é vinho. Que tal conferir abaixo?

1- Cepa: castas, uvas e variedades são sinônimas das cepas - um detalhe tão importante a ser levado em consideração no momento de consumir o vinho. Por apresentarem características diversas tais como a densidade e grossura da casca elas são indispensáveis na definição do paladar da bebida e tornam-se um dos fatores de referência para a aquisição da garrafa. Neste cenário, existem as cepas Cabernet Sauvignon, Merlot e Malbec que são encontradas na espécie vitis vinifera conhecida por ser a mais cultivada ao redor do mundo. Dentro dela é possível encontrar cerca de dez mil variedades.

2- Terroir: a soma das condições climáticas, ambientais e humanas que interfere na qualidade do vinho é chamada de terroir. A partir do conceito, acontece a avaliação do solo, clima e região de uma propriedade a fim de alcançar um consenso sobre qual é a melhor uva para ser cultivada naquele local.

3- Tanino: o tanino é um componente que interfere de forma direta no sabor, textura, coloração e longevidade do vinho. Trata-se nada mais do que um fenol presente nos caules, sementes e cascas de uvas verdes com a finalidade de proteger os frutos quando ainda não estão maduros. Ao ser inserido na bebida, traz uma sensação de adstringência ao paladar. Portanto, em excesso o vinho se torna extremamente seco. Outro fator importante do elemento é o fato de amadurecer ao longo dos anos, o que pode refletir de maneira negativa no sabor caso o processo não tenha sido realizado com eficácia.

4- Corpo: o corpo do vinho é a maneira em que a textura age no paladar no instante da degustação. As bebidas mais encorpadas são densas, aveludadas, próximas do mastigável e resultam em um sabor prolongado. Por sua vez, as menos encorpadas são leves e fáceis de apreciar. Elas também contam com um menor teor alcoólico sendo menos concentradas.

5- Safra: o ano em que a colheita da uva é feita chama-se safra. Apesar de parecer apenas um registro, a data que está localizada no rótulo do vinho exerce influência no sabor dos vinhos. Para algumas garrafas, o envelhecimento traz o melhor do produto a tona, pois fornece mais tempo para o desenvolvimento do sabor, aroma e textura. Por outro lado, há rótulos feitos para serem consumidos exatamente na juventude. Sendo assim, é importante prestar atenção nas condições climáticas do ano em que o produto foi produzido porque os fatores naturais externos podem variar de período a período em uma mesma região e a interferência no paladar resultar em uma diferente da esperada.

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Delicadeza, intensidade e condimentos formam as características da culinária japonesa, o que a torna um desafio de harmonização quando se trata de relacioná-la ao vinho. Neste contexto, a gastronomia oriental costuma ser ligada ao tradicional saquê, suco ou até mesmo água. Mas, trago uma boa notícia para os fãs de comidas nipônicas e da bebida: a combinação é surpreendentemente possível! A primeira regra para harmonizar o vinho e os pratos é ter em mente que a bebida nunca deve sobrepor o sabor dos alimentos. Na verdade, ela precisa ressaltar as notas gustativas das iguarias. Ou seja, quanto mais leves forem os ingredientes, mais leve ainda tem de ser o vinho. A equação também é válida em uma situação com gostos fortes.

De forma geral, os brancos, rosés e espumantes são os indicados para acompanhar a culinária japonesa. Porém, há espaço para os tintos. O uso de uma bebida ou outra depende do estado do alimento. Portanto, um prato quente ou cru não tem a mesma combinação que o frito. Quer descobrir a arte da harmonização entre eles? Então, confira as classificações abaixo!

Crus

Sushi, sashimi e temaki pedem espumantes jovens, pois as bebidas não competem com o sabor delicado desses cortes de peixe. Já os elementos que os acompanham com frequência tais como cogumelo, manteiga e molho shoyu necessitam de um rosé ácido para alcançar o equilíbrio. As sugestões são as bebidas Franciacorta Brut e Marchese Montefusco - Rosato IGT Sicilia.

Quentes

Yakisoba, lamen, ensopado, peixe grelhado ou cozido e carne com legumes cozidos precisam de bebidas encorpadas. Dessa maneira, os tintos ganham preferência. Com um gosto mais mineral do que frutado, acidez e toques de suculência o Baglio Di Stefano - Primitivo Salento IGP é uma escolha inteligente.

Fritos e Gordurosos

Gyoza, tempurá, hot roll, rolinho primavera e petiscos com creme e frutos do mar (lula, polvo, camarão...) exigem vinhos minerais capazes de limpar o sabor a cada mordida. A acidez do branco ajuda a equilibrar o paladar. Uma indicação é o Scavigna Bianco DOC com um aroma fresco, vinoso e agradável.

Após uma breve explicação sobre a relação do vinho e da gastronomia nipônica é simples responder a pergunta do título. A combinação dos dois universos deve ser experimentada porque funciona perfeitamente. Aventure-se: www.ivini.com.br.

A Itália encontra-se entre as grandes produtoras de vinho ao redor do mundo. Nos últimos anos, o país disputa com a França pelo primeiro lugar no ranking de produção da bebida. De acordo com informações divulgadas pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), a fabricação para o consumo interno representa em média cinco bilhões de litros por ano enquanto que a exportação é responsável por um bilhão e meio de litros, sendo em sua grande maioria blends disseminados pela Europa. Isso faz sentido, quando se fala da Itália, que tem o costume de produzir ótimos vinhos em praticamente todo o território nacional. Ao todo, as vinícolas apresentam uma cartela de produtos com cerca de 18.000 títulos.

Além de estar em uma posição de destaque no ramo da produção de vinho, a Itália tem uma enorme diversidade de estilo graças às 390 espécies de uvas presentes no país que dão toques típicos e de elegância aos produtos. A viticultura está tão enraizada na sociedade que a civilização italiana e a bebida podem ser vistas como sinônimos. Ou seja, considerar a história do vinho é relacioná-la a história da própria região. Inclusive, em 2016 o senador Dario Stefano do partido Esquerda, Ecologia e Liberdade (SEL) propôs um projeto de lei para tornar a cultura do vinho uma matéria obrigatória de ensino nas escolas italianas.

Mas, a relação da Itália com o vinho não é recente. Ela aparece na pré-história quando sementes de uvas e sedimentos da bebida foram encontrados em sítios arqueológicos datados em 1.200 anos antes de Cristo. Na antiguidade mercadores da Europa e África entraram em contato com influências das tribos bárbaras. Contudo, é dada aos romanos a fama de implantar o valor do produto no subconsciente coletivo do país. O grupo o reconhecia como um presente do deus Baco ao qual as festa regadas a intensas quantidades de vinho eram dedicadas.

Neste cenário, os romanos desenvolveram técnicas de cultivo que ainda são utilizadas no país: Maturação, envelhecimento e conservação em barris de carvalho. Portanto, apesar da queda do império ter desestruturado a cultura do vinho na Itália, ela jamais foi abandonada. A partir da Revolução Industrial no século XIX a região passou a realizar novas habilidades de produção e firmou a sua identidade.

Já ao longo das décadas de 80 e 90 o país concentrou os esforços no Cabernet Sauvignon e Chardonnay. Porém, hoje em dia aposta mais em uvas locais como, por exemplo, Barbera, Malvasia, Montepulciano e Nebiolo.

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Folhas secas ao chão, vento no rosto, clima ameno, ambiente com falta de umidade, dias na mesma duração do que as noites: Pode entrar, outono! Junto com você, apresente os melhores vinhos. A visão de que apenas o período do inverno combina com a bebida ficou no passado. Hoje em dia a cultura gastronômica brasileira tem aberto os olhos cada vez mais a outras possibilidades de experiências. Um exemplo da mudança de pensamento na degustação é o fato da consumação acontecer também no verão, pois a época se adéqua perfeitamente as garrafas frutadas, ácidas e refrescantes. Neste cenário, a estação de transição entre o calor e o frio não fica atrás. Inclusive, se destaca.

A beleza melancólica, porém, romântica do outono é conhecida no universo das vinícolas por ser a temporada ideal para apreciar uma taça de vinho já que nos vinhedos do hemisfério sul é o momento de finalizar a colheita iniciada na primavera. Ou seja, é possível entrar em contato com bebidas de características intensas. Quando se trata da degustação nesta estação, o tinto incorporado é uma boa escolha. A bebida deve ser produzida a partir das seguintes uvas: Cabernet Sauvignon, Carménère, Merlot, Garnacha e Syrah. Elas são capazes de dar um toque macio e de taninos em equilíbrio.  Vindo da Sicilia, o Marchese Montefusco faz jus à estrutura necessária ao clima. As ricas notas de alcaçuz e pimenta do reino harmonizam com lasanha à bolonhesa, queijos, linguiça, carnes assadas e de caça.

Por sua vez, os brancos não ficam de fora. As opções de rótulos mais maduros e com passagem em madeira ganham notoriedade. Afinal, são os elementos responsáveis por promover aquecimento ao frio que se aproxima. Dessa forma, o Chardonnay é uma referência para o outono. A partir de um paladar seco com um toque de acidez, a bebida vai bem em um cardápio de peixes e frutos do mar. Por fim, é importante ficar atento ao grau de consumação. Os brancos devem ser degustados entre 8ºC e 10ºC enquanto que os tintos precisam estar em uma média de 14ºC a 16ºC.

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Ao comprar ou degustar um vinho é comum confundir-se com os termos que atestam a qualidade de uma garrafa por existir uma ampla gama de conceitos. Entre eles, encontram-se os Reservado, Reserva e Gran Reserva que apesar de terem nomes semelhantes, são completamente diferentes entre si. Os vinhos com estas classificações variam conforme a uva, modo de preparo, aromas, sabores e até mesmo nos valores comerciais. Bom, você sabe quais são as diferenças entre as bebidas? Pois, bem, continue acompanhando o texto e descubra logo abaixo!

Vinho Reservado

É a escolha ideal para quem prefere apreciar o vinho sem formalidade nenhuma em ocasiões descontraídas. A bebida com a classificação de Reservado é aquela de elaboração mais simplificada. Ou seja, não passa por estágios em madeira e envelhecimento em garrafa, o que as deixa com um sabor jovem e frutado. A simplicidade da produção reflete no preço que costuma ser acessível. Dessa forma, há um preparo em larga escala onde costumam ser servidas em entradas. Neste cenário, as ricas fragrâncias das flores laranjeira e jasmim do branco Chardonney representam o que há de melhor nessa classificação.

Vinho Reserva

Os vinhos Reserva são os de complexidade de elaboração média. A bebida é produzida com uvas selecionadas e passa de meses a anos em um barril de madeira. O envelhecimento acontece na própria garrafa, o que contribui para aumentar a intensidade dos seguintes aspectos: Sabores, longevidade e taninos. A acidez e adstringência também são reduzidas. Todos os aspectos influenciam no custo de produção e o valor do produto cresce. Um exemplo dessa classificação é o tinto Nero D’Avola que a partir de um aroma elegante harmoniza perfeitamente com carnes assadas, massas e queijos.

Vinho Gran Reserva

Quando o assunto é qualidade, os vinhos Gran Reserva destacam-se. Para a produção da bebida são escolhidas as melhores frutas. O envelhecimento em barris de madeira é feito em um período maior do que o de Reserva e pode chegar a anos de armazenamento. Portanto, não se assuste com o preço. Apesar de ser preciso investir um pouco mais financeiramente, vale a pena saboreá-los. O Chianti “Maggiano” que o diga! O vermelho-rubi intenso do tinto vindo da Toscana apresenta um aroma de compota de ameixa ótimo para acompanhar frios, grelhados e massas ao pomodoro.

Por fim, é importante ressaltar que os conceitos Reservado, Reserva e Gran Reserva tem critérios variados ao redor do mundo. As regiões da América, Oceania e África do Sul não contam com legislações específicas de classificações. Dessa forma, o produtor se utiliza de regras próprias. Já na Europa, cada país tem um jeito diferente de aplicar os termos. Em certos locais, há variações dentro do próprio país, como no caso da Itália. Em Piemonte, um vinho ganha a nomenclatura Reserva ao descansar por cinco anos, sendo três deles em uma barrica de carvalho. Mas, os critérios de descanso na Toscana são de 27 meses com um grau alcoólico de pelo menos 12,5%.