Você sabia que no mercado vinícola existem três estilos básicos de vinhos finos? Pois bem. Há os tranquilos que tratam-se das bebidas sem gás carbônico, os espumantes que por conta do gás formam espuma e os fortificados que recebem adição de álcool para interromper o processo de fermentação a fim de manter o açúcar natural das uvas. Neste contexto, as seguintes características capazes de influenciarem o vinho se fazem presentes: cor, doçura, taninos, álcool e corpo. Veja abaixo mais detalhes sobre cada uma delas.

1- Cor

A cor de um vinho é determinada pelas variedades de uvas utilizadas e pelos caminhos de produção da bebida. Ao falar nesta característica, é importante ter em mente que a responsável pela coloração é a casca porque a polpa é quase incolor. No caso dos tintos, têm as antocianinas que nada mais são do que pigmentos de proteção contra os raios ultravioletas. Por sua vez, esses elementos costumam apresentar nas cascas tons de vermelho, roxo e azul. Porém, em bebidas jovens existem variações em toques de vermelho-rubi e violáceo. Já os brancos são elaborados a partir do suco de uvas brancas ou tintas com cascas removidas antes do início da fermentação. Uma curiosidade é que neste estilo surgem os vinhos laranjas em momentos dos quais as cascas permanecem por um longo período no líquido. Por fim, os rosés que acontecem por meio das uvas tintas com menos tempo de contato com as cascas durante a fermentação.

2- Doçura

Os vinhos podem ser classificados em três níveis de doçura tais como o dos secos, semi-secos ou meio-secos e doces. Estes resultados acontecem durante o processo de fermentação da bebida porque as leveduras consomem o açúcar natural da uva e quando ele é consumido por inteiro, elas simplesmente morrem. Ou seja, o nível é determinado de acordo com a quantidade de açúcar restante. Em casos em que o teor de álcool atinge de forma natural uma média de 15% ou quando o enólogo insere álcool extra na bebida em uma porcentagem acima de 15%, as leveduras desaparecem sem nem mesmo terem consumido todo o açúcar.

3- Acidez

A acidez está na polpa da uva, sendo responsável pelo frescor no paladar. Este fator também contribui com o potencial de envelhecimento do vinho. Nesta característica, bebidas com falta de ácido são chamadas de “flácidas” enquanto que as com excesso são consideradas azedas. No universo vinícola, os brancos e espumantes ganham destaque neste elemento.

4- Taninos

Os taninos trazem uma sensação de secura na degustação, principalmente em tintos. Eles são transmitidos ao vinho por meio das cascas e sementes das uvas. Contudo, a bebida também pode integrar esta característica no instante de contato com a madeira dos barris de carvalho. Os com altos níveis de taninos suavizam os pratos gordurosos durante as harmonizações. No entanto, as garrafas mais apreciadas são as com equilíbrio entre macios e este elemento.

5- Álcool

O álcool é obtido no vinho por meio da conversão do açúcar natural presente no suco da uva realizado pelas leveduras. No momento do consumo, este item forma as “lágrimas” nas paredes das taças. Quanto mais alcoólica for a bebida, maior a sensação de corpo no paladar.

6- Corpo

O corpo pode ser traduzido como o “peso” que o vinho faz na degustação. Ele é definido por diferentes fatores, entre eles encontram-se a concentração da uva, níveis de álcool, quantidade de açúcar e passagem por barris de carvalho. Portanto, são classificados em três patamares. Os leves são refrescantes e fáceis de beber, os médios são bem concentrados e os encorpados são robustos.

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Rosés, tintos, espumantes e brancos são responsáveis por encantar diversas pessoas ao redor do mundo. Segundo informações divulgadas pela consultoria inglesa Wine Inteligence no ano passado, apenas no Brasil as vendas de vinhos aumentaram em 12,60%. Embora ainda tenha um longo caminho a percorrer para alcançar o consumo da Argentina (23.46 litros) e Chile (17.46 litros), o país já chegou a uma média de dois litros por pessoa também em 2017.

Mas, a paixão pelas práticas vinícolas e pela bebida em si não começou nos dias de hoje (e nem tem uma data para acabar). Afinal, os povos antigos faziam questão de apreciar uma boa taça. Entre eles, estão os gregos e romanos que inclusive contemplaram o vinho em suas mitologias. Você já ouviu falar de Dionísio ou Baco?

Nas aulas de história sobre Grécia Antiga, os deuses Zeus, Apolo e Afrodite aparecem vez ou outra. Nas lendas romanas costumam ser retratados respectivamente como Júpiter, Febo e Vênus. Contudo, o Olimpo é palco para outros nomes pouco familiares (mas, não menos importantes), como o do deus do vinho. Baco costuma ser ligado a natureza, excessos e festas.

Filho de Júpiter com a mortal Sémele, Baco é na verdade um semideus porque é uma mistura do humano com o divino. O seu interesse pelo vinho surgiu na fase adulta quando conheceu a vinha e descobriu uma forma de extrair o suco da uva e transformá-lo em bebida. Após passar por episódios em que foi “amaldiçoado” por Juno e de quase ser escravizado, ele fez da Ásia a sua terra e disseminou naquela região a cultura do vinho.

O culto

O culto ao semideus teve um ápice no ano de 200 a.C, sendo apelidado de bacchanalia. Inicialmente era um rito totalmente feminino e comandado pelas bacantes (uma espécie de sacerdotisa) que acontecia três vezes ao ano. Porém, com o passar do tempo, o ritual sofreu mudanças. A festividade passou a ser noturna, com mais frequência e presença de homens.

Por conta de excessos cometidos, as celebrações regadas a vinho passaram a serem proibidas em 186 a.C. Neste cenário, pessoas ligadas ao culto eram perseguidas e os templos dedicados a Baco foram destruídos. Alguns historiadores afirmam que esta foi a primeira perseguição religiosa da Europa.

E você, já conhecia essa lenda? Que tal levá-la como inspiração para celebrar o seu amor (com moderação) pelo vinho? Acesse: www.ivini.com.br.

Dias e noites frios pedem... Vinho! Seja tinto, branco ou rosé a bebida costuma ser relacionada com o inverno. Afinal, atire a primeira pedra quem tem uma opinião contrária de que a ocasião é uma combinação perfeita para encontros com pessoas queridas regados a fondue ou até mesmo para aqueles momentos solitários em que no meio de uma leitura o objetivo é trazer um pouco de calor a esta época do ano que começa em 21 de junho e termina em meados de 22 de setembro.

Mas, você sabia que para apreciar um bom vinho no inverno ele não precisa necessariamente estar em uma taça? Pensando em contribuir com uma programação diferenciada, a Ivini listou cinco filmes que envolvem a bebida e que podem ser encontrados no Netflix para serem assistidos de baixo das cobertas. Aproveite!

1 – Um ano em champagne

Sob os olhares do diretor David Kennard, os bastidores da produção do champagne são mostrados. Além de abordar os pequenos e independentes produtores, o enredo também expõe o trabalho de grandes marcas. Profissionais renomados como Bollinger, Diebolt e Gosset falam sobre as rígidas regras estabelecidas para a fabricação da bebida e medidas de prevenção contra pragas. O conteúdo é de 2014 com 1h22m de duração e classificação livre.

2- Sour Grapes

Dirigido em 2016 por Jerry Rothwell e Reuben Atlas, o documentário de 1h25 de duração e classificação acima de 12 anos trata de um caso de falsificação de garrafas de vinhos vintage. Na história, o jovem indonésio Rudy Kurniawan utiliza o carisma e conhecimento em vinhos raros para conquistar a confiança de muitos apreciadores da bebida da alta sociedade americana. Ele vende dezenas de milhões de dólares em rótulos falsificados em conceituadas casas de leilões dos Estados Unidos. Tudo parece a favor do rapaz até que um produtor descobre que suas bebidas foram falsificadas.

3 - Somm

Master Sommelier é um famoso título no universo das bebidas. Para conquistá-lo é necessário fazer um exame em que em média 10% dos candidatos têm sucesso. Ao todo, pouco mais de 200 pessoas desde os primeiros testes em 1969 conquistaram a nomeação. Neste cenário, a produção de Jason Wise realizada em 2012, mostra a rotina de estudos teóricos e práticos de quatro sommeliers que desejam prestar o exame Court of Masters Sommeliers. A classificação é de 12 anos com 1h33m de duração.

4- Somm: dentro da garrafa

O diretor Jason Wise resolveu produzir a segunda parte do documentário Somm. Mas, sem as tensões do enredo anterior. Desta vez, a produção relata dez pequenas histórias contadas pelos quatro sommeliers, jornalistas e produtores. O conteúdo permite conhecer cada detalhe de vinhedos renomados desde a produção a comercialização dos produtos em países como França, Estados Unidos e Itália. O filme é de 2015 com 1h30 de duração e classificação acima de 12 anos.

5 - Decanted

O documentário dirigido por Nick Kovacic retrata os vinhedos do Vale de Napa, na Califórnia, e também conta a vida dos produtores daquela região. O conteúdo foi produzido em 2016 com classificação acima de dez anos e 1h18m de duração.

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Pipoca, pé de moleque, paçoca, arroz doce, pamonha... Junho trouxe os quitutes da festa junina. Entre doces e salgados, os sabores gastronômicos tão característicos regados a animação contagiante da festividade a tornou uma mais esperadas do ano. Mas, você sabe qual é a origem da celebração? Apesar de hoje em dia apresentar elementos típicos brasileiros, a tradição chegou ao país durante a colonização portuguesa.

A comemoração que costumava ser popular na Península Ibérica era conhecida como festa joanina em referência a São João, mas ao longo dos anos o nome alterou-se com base no mês em que acontece e por consequência diminuiu o forte tom religioso que carregava em si. No Brasil, o evento alinhou-se a símbolos das zonas rurais e ganhou uma intensa expressão na região Nordeste, sendo a de Campina Grande (Paraíba) a maior delas. Em 2017, a estimativa de participação no evento era de cerca de 2,5 milhões de pessoas.

É neste clima que a Ivini compartilha quatro receitas típicas de festas juninas que ficam ainda melhor com um toque de vinho:

Arroz doce
Ingredientes:
2 xícaras de chá de vinho branco
1 xícara de chá de arroz branco
½ xícara de chá de açúcar
½ xícara de chá de leite
1 lata de creme de leite sem soro
1 xícara de chá de chocolate branco em pedaços
*Canela em pó para polvilhar é opcional

Modo de Preparo: Coloque o vinho e o arroz em uma panela alta por conta do borbulho e leve ao fogo. Quando ferver, reduza a chama e cozinhe por 15 minutos ou até o líquido ser absorvido para o arroz ter uma consistência macia. Em seguida, adicione o açúcar e leite para cozinhar por 20 minutos. É importante sempre estar mexendo. Por fim, insira o creme de leite para depois de cinco minutos acrescentar o chocolate branco. Mexa até derreter por completo. O ideal é servir o alimento de forma morna.

Dica de vinho: Marchese Montefusco – Chardonnay IGT Sicilia

Pudim
Ingredientes:
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
1 lata de vinho tinto
2 envelopes de gelatina em pó sem sabor

Modo de Preparo: Bata no liquidificador o leite condensado, creme de leite e o vinho. Depois dissolva a gelatina e junte também os demais elementos. Processe todos os ingredientes por mais um período e leve a sobremesa previamente untada com manteiga para a geladeira. Uma boa alternativa é servir o prato gelado.

Dica de vinho: Baglio Di Stefano Nero D'avola IGP

Sagu
Ingredientes:
9 xícaras de chá de água
1 ½ xícara rasa de sagu de mandioca
4 xícaras de vinho tinto
Açúcar, canela e cravo a gosto

Modo de Preparo: Ferva a água com a canela e o cravo em uma panela. Em seguida, acrescente o sagu e cozinhe em fogo médio mexendo sempre até as bolinhas ficarem transparentes. Ao acontecer a transparência, adicione vinho e açúcar para cozinhar por mais cinco minutos. Por fim, retire do fogo e leve à geladeira.

Dica de vinho: Baglio Di Stefano – Primitivo Salento IGP

Quentão

Ingredientes: 
½ xícara de chá de açúcar
1 raiz de gengibre pequena
de 6 a 8 cravos da Índia
1 litro de vinho tinto
1/2 litro de água

Preparo: Derreta o açúcar em fogo baixo em uma panela e adicione o vinho para mexer. Corte o gengibre em rodelas finas e coloque junto com os cravos na bebida. Tampe a panela e deixe o líquido ferver de cinco a dez minutos para então servi-lo quente.

Dica de vinho: Savuto DOC 2012

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É inegável o poder que a Copa do Mundo exerce nas pessoas. Até mesmo as que não se identificam com esporte sentam-se com os amigos e a família em um sofá ou bar para acompanhar os jogos. Neste evento, o Brasil já alcançou cinco vitórias e este ano terá a oportunidade de vencer pela sexta vez entre os dias 14 de junho a 15 de julho na Rússia. É importante ressaltar que mais do que futebol, a competição é um encontro de nações – Cada uma com a sua cultura, comportamento e gastronomia. Este último ponto era o que eu queria chegar, afinal, os brasileiros estão acostumados a torcer com um copo de cerveja e caipirinha em mãos. Mas, por que não levar o acontecimento como inspiração para construir novas experiências culinárias?

A primeira dica para vivenciar a Copa do Mundo sob outros ângulos é deixar a cevada e a vodka ou cachaça de lado para dar uma oportunidade ao vinho. Tinto, rosé e branco são capazes de harmonizar perfeitamente com a ocasião. Quer saber de que maneira? Então, confira abaixo as harmonizações feitas pela Ivini com a bebida e pratos típicos de cinco países que estarão (ou deveriam estar) presentes no evento.

Brasil

A cerveja gelada ou a tradicional caipirinha sustentam-se pelo costume e não pelo equilíbrio de sabores. Neste contexto, a feijoada combina mais com vinho do que com cevada, pois o gás da bebida dificulta a digestão do alimento. Quando se trata de harmonizar este prato, deve-se levar dois elementos principais em consideração: a gordura e o sol das carnes defumadas. A partir de um paladar denso, a “queridinha dos brasileiros” exige um produto com uma textura similar para “quebrar” a camada gordurosa por meio do frescor e acidez.

Os encorpados tintos compostos 100% de uvas Syrah são ideal para os tons defumados e “apimentado” da feijoada. As ricas notas de alcaçuz e pimenta do reino do Marchese Montefusco são uma ótima escolha.

Itália

Os italianos são conhecidos por sobrepor o paladar dos alimentos aos padrões estéticos. Por meio de receitas simplificadas, coloridas e repletas de frescor o importante é “comer bem”.

Ao pensar na cozinha italiana, a associamos de forma imediata a massas e realmente o país conta com uma variedade de comprimentos, larguras e formas. Neste contexto, um prato típico é o espaguete com tomates frescos. A melhor alternativa para esta tradição são os tintos com alta acidez para garantir a harmonia com o molho intenso. Por esta razão, o Baglio Di Stefano com aroma intenso e tons de especiarias garante a combinação perfeita.

Espanha

Em termos de clima e topografia, a Espanha apresenta uma enorme variedade. Por consequência, cada região do país é contemplada com ingredientes característicos. Contudo, o prato a base de arroz e frutos do mar apelidado de paella é um ícone. Para um alimento tão litorâneo o melhor caminho é optar por um vinho branco que intensifique o frescor e delicadeza do alimento. As notas de coentro e limão do Baglio Di Stefano dão conta do recado.

Japão

Por conta da delicadeza, intensidade e condimentos que formam o paladar da gastronomia oriental, o saquê ou água costumam ser relacionados aos pratos deste país. Porém, brancos e rosés também proporcionam uma experiência agradável. Sushi, sashimi e temaki pedem espumantes jovens, pois as bebidas não competem com o sabor delicado das iguarias. Já os elementos que os acompanham com frequência tais como cogumelo, manteiga e molho shoyu necessitam de um rosé ácido para alcançar o equilíbrio. As sugestões são as bebidas Franciacorta Brut e Marchese Montefusco - Rosato.

Arábia Saudita

Impulsionada por especiarias, a gastronomia árabe traz um perfil forte e perfumado aos alimentos com toques de pimenta, iogurte e limão. Quibes, esfihas e kaftas temperadas com estes elementos ganham uma boa aceitação ao redor do mundo e harmonizam-se com tintos frescos e frutados. O paladar tânico, macio e potente do Le Bertille é capaz de sustentar esta culinária na medida certa.

E você? Já sabe a maneira que vai assistir a Copa do Mundo? Opções de pratos acompanhados de bons vinhos não faltam. Aproveite!