Você já ouviu falar da Trincadeira? Conhecida também como Tinta Amarela, a casta é uma variedade tinta que tem um cultivo expressivo nas regiões do Douro, Alentejo e Dão em Portugal e, apesar de não ser tão conhecida, merece a nossa atenção. Por isso, hoje vamos falar especificamente sobre ela. Vamos lá?

Rebelde e temperamental

Com uma fama de ser rebelde e temperamental, a Trincadeira tem cachos médios e muito compactos. Os bagos são pequenos, uniformes, bem redondos e com a pele frágil e fina. Mas o que faz ela exigir muita atenção e técnica é seu cultivo. Além de ser bastante suscetível a pragas, a casta possui rendimentos altos e irregulares, precisando de controle para garantir boa qualidade em seus vinhos.

Outro ponto importante é sobre o amadurecimento que acontece rapidamente, chegando a ser de uma dia para o outro. Ou seja, se a colheita for feita antes do tempo, as uvas ficam insossas e, se demorar um pouco mais, perdem acidez. 

Vinhos com Trincadeira

Apesar de toda a rebeldia e cuidado redobrado, o cultivo da Trincadeira vale a pena. Essa casta faz vinhos equilibrados, com bom potencial de envelhecimento e complexidade aromática. São saborosos e aromáticos, com aromas de frutas vermelhas, frutas negras, flores, especiarias e um toque herbáceo.

Além disso, demonstram acidez notável e fresca, taninos marcantes, mas que se tornam agradáveis e macios.

Apesar de ser mais difícil encontrar um vinho varietal (ou seja, elaborado apenas por esta casta ou uma porcentagem dominante dela) de Trincadeira, a casta costuma entrar na composição de blends com outras castas portuguesas, inclusive nos vinhos da vinícola Herdade Paço do Conde que está na seleção da Ivini.

3 Herdades Tinto Reserva

O tinto 3 Herdades Tinto Reserva é o resultado da combinação das uvas Aragonês, Trincadeira, Alicante Bouschet e Touriga Nacional garante um paladar equilibrado, suave e final de boca persistente. Uma ótima sugestão é acompanhá-lo com carne assada ou com temperos intensos e suculência! Confira aqui: https://bit.ly/3lqXO5a

A chegada da primavera nos remete a imagens de verduras, saladas azedas e legumes frescos crocantes. Mas como combinar comidas primaveris com vinho

Tradicionalmente, os verdes são inimigos do vinho. Mas, não se preocupe, existem algumas ótimas dicas para você beber bem com verduras, legumes e frutas. Inclusive, a Madeline Puckette, autora e co-fundadora do site Wine Folly listou alguns pontos importantes para se levar em consideração na hora de fazer essas possíveis combinações. Quer saber quais são? Vamos lá!

Vinho com folhas verdes

Pense em acidez: o vinho deve ter mais acidez do que a salada, para que não fique com um sabor plano. Talvez fique longe daquele Chardonnay, por exemplo, a menos que você esteja tendo um delicado molho de creme.

Equilibrando o amargor: De um modo geral, a maioria das folhas verdes tem uma nota amarga, portanto, certifique-se de que seu vinho não tenha amargor. Talvez guarde o tinto para mais tarde e experimente um vinho branco.

Vinhos 'verdes': Vinhos brancos com sabores 'verdes', como groselha ou pimentão, vão brilhar. Experimente Vinho Verde, Grüner Veltliner, Verdejo, Sauvignon Blanc e Albariño.

Vinho com frutas frescas

O vinho deve ser mais doce: Se a sua comida é doce, é inteligente escolher um vinho mais doce, pois isso garantirá que o vinho não se perca na doçura da comida. Tenha isso em mente, especialmente se você estiver comendo sobremesa. Talvez tente um Riesling.

Pense Floral: Vinhos com aromas florais têm afinidade com frutas. Os aromas florais do vinho estarão mais presentes quando você os experimentar com alimentos que usam frutas.

Acidez: Lembra da dica acima sobre os vinhos terem mais acidez do que a comida? Mantenha esta dica em mente com frutas também.

Comidas Salgadas: Os vinhos rosés combinam muito bem com comidas salgadas com frutas. Combine a intensidade do vinho com a intensidade da comida. (ou seja, Pinot Noir Rose com um delicado creme de morango saboroso e um Sangiovese Rosé com cozinha marroquina).

Vinho com vegetais de raiz

Legumes de primavera, incluindo cenoura, beterraba e pimentão, funcionam bem com vinhos quando são assados ​​e temperados. Por especiarias, queremos dizer aquelas exóticas que a maioria das pessoas coloca na panificação.

Pense Spice: Vegetais de raiz e vinho precisam de um tema comum. Procure-o nas especiarias que adiciona ao prato e nos sabores de especiarias inerentes ao vinho.

Gostou de saber um pouco mais sobre como combinar vinho com vegetais, verduras e frutas? Conta pra gente se você gosta dessas harmonizações!

A península italiana é ladeada pelo mar Adriático a leste, o mar Mediterrâneo ao sul, os mares da Ligúria e do Tirreno a oeste, e faz fronteira com a França, Suíça e Áustria, a noroeste, norte e nordeste, respectivamente.  A Itália é um país pequeno, cobrindo apenas 116.350 milhas quadradas. Além disso, quase 40 por cento do país é coberto por montanhas e colinas. No norte, as montanhas se espalham de oeste para leste, criando uma fronteira natural com os países que confinam, e o país é cortado por uma cadeia de montanhas que se estendem de norte a sul.

O vinho é produzido em todas as regiões da Itália há muitos anos, e cada região tem suas variedades e estilo de uvas italianos exclusivos. Hoje, vamos falar sobre como a geografia de cada região da Itália impacta na produção das bebidas. Vamos lá?

Regiões vinícolas do norte da Itália

O norte da Itália é dominado pelos Alpes Marítimos, Grainan, Lepontinos, Réticos, Dolomitas e Cárnicos e vários lagos alpinos vastos e profundos. As regiões agrícolas estão escondidas entre as montanhas e nas encostas ao redor dos lagos. De oeste a leste, algumas das regiões vinícolas mais famosas do norte da Itália são Piemonte, Lombardia, Veneto, entre outras…

Normalmente, os vinhos das regiões vinícolas do norte são elegantes com acidez proeminente devido à elevação e as amplas flutuações de temperatura do dia para a noite. Vinhos tintos sedosos com frutas picantes, violetas e notas defumadas – produzidas a partir da uva nebbiolo – dominam o Piemonte a oeste. Com frutas ricas e em camadas e notas amadeiradas, Amarone e Valpolicella definem o Veneto a leste.

As regiões da Itália Central

Os vinhos italianos mais famosos vêm da Itália Central. As regiões vinícolas centrais mais famosas são Toscana e Lácio, a oeste, e Emilia-Romagna, Marche, Úmbria e Abruzzo, a leste.

A Itália Central é conhecida por seus robustos vinhos sangiovese de Chianti Classico e Brunello di Montalcino, juntamente com vinhos brancos perfumados e acerados das uvas trebbiano, vernaccia e pecorino, que são frutadas. conduzido com notas de frutas de caroço maduras, frutas cítricas e flores brancas. Variedades internacionais como Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Syrah e Merlot também estão ganhando popularidade na Itália Central

Bota do sul da Itália

A maior cidade do sul da Itália é Nápoles. Esta é a região do Monte Vesúvio, Capri, Costa Amalfitana e Golfo de Taranto que divide a ponta do calcanhar da bota.

Mas as regiões vinícolas do sul da Itália estão espalhadas por encostas vulcânicas ricas em minerais que nutrem as vinhas e pomares da região. As regiões são mais quentes, mais secas e mais ensolaradas do que as do norte. Molise e Puglia ficam a leste, e Campania, Basilicata e Calábria ficam a oeste, de norte a sul. Os vinhos desta região são carnudos, maduros, escuros, defumados e tropicais.

Vinhos encorpados produzidos a partir de uvas tintas como Aglianico, Primitivo (Zinfandel) e Negroamaro são vinhos de sabor intenso, profundamente coloridos, inebriantes e potentes, com notas de alcatrão, fumaça, amoras e frutas pretas; alguns vinhos apresentarão notas de frutas secas e cristalizadas.

Vinhos da ilha da Itália

A península italiana é cercada por ilhas salpicadas do Adriático, do mar Mediterrâneo e dos mares da Ligúria e do Tirreno. Algumas dessas ilhas são conhecidas por suas incríveis contribuições para a enologia italiana.

A Sicília é uma grande ilha vulcânica a oeste da ponta da bota, e as uvas nativas complementam sua culinária apimentada e repleta de frutos do mar. Os vinhos brancos da uva Inzolia e Grillo oferecem uma pausa fresca e frutada com notas de melão, pêssego, madressilva, tangerina, limão, raspas de limão e salina crocante. Os tintos sicilianos são ousados, frutados e podem ser picantes com notas de flocos de pimenta, cereja preta, ameixa suculenta, alcaçuz e cola.

A Sardenha fica ao norte da Sicília e é famosa por sua assinatura da uva Cannonau. Da Sardenha, é herbal, rústico e picante, com notas de amora, framboesa e couro. A Sardenha também cultiva pequenas plantações de Vermentino, produzindo uma expressão única da uva que é cítrica, com maçã verde crocante e notas florais.

Gostou de saber um pouco mais sobre as regiões da Itália?  Conta pra gente se você já sabia!

Cada vinho tem características específicas que são dadas por uma série de inúmeros fatores, que vão desde o tipo de solo onde a vinha é cultivada, à qualidade das uvas, desde a experiência do produtor, seu processo de Maturação e Envelhecimento. Mas você sabe a diferença entre Maturação e Envelhecimento do vinho? Hoje vamos acabar com essa dúvida. Vamos lá?

Durante a vinificação, o açúcar, por ação das leveduras, transforma-se em álcool e desenvolve aromas secundários. Neste ponto, no entanto, o vinho está imaturo e ainda precisa ser aperfeiçoado.

Maturação do Vinho

No momento em que o mosto termina a fermentação alcoólica, torna-se vinho para todos os efeitos. Como já dissemos, as leveduras transformam o açúcar em álcool e criam aromas secundários. No entanto, o vinho ainda está imaturo e precisa crescer e descansar para harmonizar os aromas. É o tempo que permite ao vinho ajustar a sua nitidez e equilibrar a acidez e os taninos. Desta forma, fica pronto para ser consumido. O período entre o final da fermentação e o engarrafamento é chamado de maturação, ou amadurecimento, do vinho.

Os recipientes mais comuns e conhecidos para esse estágio são os barris de madeira, majoritariamente o carvalho. Mas também pode ser feito em tanques de aço inox para limitar a exposição do vinho ao oxigênio a fim de mantê-lo fresco.

No mercado, utiliza-se os tanques de aço em vinhos brancos para manter o frescor, aromas e as características frutadas. Já os tintos afinizam-se melhor com os barris que acrescentam aromas e sabores à bebida, além de deixá-la encorpada e macia.

Envelhecimento do Vinho

A maturação continua mesmo após o engarrafamento do vinho. Esta fase é chamada de “envelhecimento do vinho”. É um passo necessário para que o vinho atinja o equilíbrio perfeito antes de ser consumido. O tempo de envelhecimento varia de caso para caso e de vinho para vinho. Esse processo pode durar meses ou anos, a depender do resultado que o produtor deseja atingir.

Um vinho tinto jovem, por exemplo, completa seu ciclo de envelhecimento em um período mínimo de cerca de três meses. Já um vinho tinto mais encorpado, como o Amarone della Valpolicella, precisa de mais tempo.

De acordo com o tipo de vinho e, fatores como o período específico e ambiente (temperatura, umidade, luz), o envelhecimento pode melhorar ou piorar o perfil sensorial da bebida.

Existem grandes vinhos que só alcançam seu verdadeiro potencial após muitos anos de envelhecimento em garrafa, mas eles são a minoria. Afinal, a grande maioria dos rótulos disponíveis nas gôndolas estão prontos para o consumo logo após serem engarrafados.

Gostou de saber um pouco mais sobre a diferença entre Maturação e envelhecimento? Conta pra gente se você já sabia!

O decanter de vinho ajuda (e muito) a realçar as melhores características do vinho. Isso porque ele expõe o vinho à oxigenação e esse processo deixa os aromas mais fortes, os taninos mais suaves e o álcool menos acentuado. Mas será que todos os vinhos melhoram ao serem decantados? Decantar é uma maneira divertida de experimentar o vinho de uma maneira diferente do que servi-lo diretamente da garrafa. Alguns vinhos têm benefícios em serem decantados, mas não existe uma regra sólida que diga que todos os vinhos acima de um determinado preço ou de uma determinada região devem ser sempre decantados. E é sobre isso que vamos falar hoje! Vamos lá?

Vinhos brancos e rosés devem ser decantados?

A maioria dos vinhos brancos e rosés não precisam ser decantados. Na verdade, alguns compostos aromáticos, como o sabor de maracujá em Sauvignon Blanc, desaparecem! Portanto, a única razão pela qual você pode querer decantar um vinho branco ou rosé é se ele estiver "reduzido". 

A redução no vinho branco às vezes cheira a fósforo queimado, mas na maioria das vezes falta apenas aromas. Se você cheirar apenas sabores “minerais” e muito poucos aromas de frutas, seu branco pode ter alguma redução. Nada demais! Na maioria dos casos, colocar o vinho em uma taça e esperar cerca de 15 minutos corrige o problema. Você deve cheirar muito mais aromas de frutas depois de esperar!

Todo vinho tinto precisa ser decantado?

Quase todos os vinhos tintos se beneficiam da decantação. Existem dois processos principais envolvidos (oxidação e evaporação) que, em outras palavras, tornam os vinhos tintos mais frutados e suaves após a decantação.

No entanto, vinhos muito jovens, de entrada, com pouca complexidade ou com cores mais suaves não precisam ser decantados. Inclusive, a ação pode fazer com que percam os aromas.

Uma boa dica para saber quais vinhos precisam decantar é olhar embaixo da garrafa, contra a luz. Os vinhos que precisam de decantação são aqueles que possuem resíduos que devem ser separados.

Gostou de saber um pouco mais sobre o processo de decantação? Conta pra gente se você já sabia!