Você já ouviu falar do Douro, em Portugal? É uma das regiões vinícolas mais importantes do mundo, sendo considerada patrimônio Unesco e é responsável por nada menos que 47% da produção do Vinho do Porto do país. E hoje queremos falar um pouco mais sobre uma das castas mais antigas do Douro, a Tinto Cão! Vamos lá?

A Tinto Cão tem sua primeira referência na história vinícola da região registrada por volta do século XVII, sendo cultivada desde então. No entanto, sua pouca produtividade quase foi responsável por sua extinção.

Atualmente, a Tinto Cão representa apenas 1 por cento do total dos vinhedos plantados na região do Douro, mas apesar de ser considerada uma casta de baixo rendimento, devido as suas bagas compactadas, esta uva portuguesa tem ganhado espaço e tem chamado bastante atenção dos produtores, já que suas qualidades são formidáveis para a produção do famoso Vinho do Porto.

Características da uva Tinto Cão

Com cachos pequenos e característicos, a Tinto Cão é uma variedade tinta que mantém o seu potencial mesmo em solos não tão férteis e em temperaturas muito elevadas. Sendo muito bem adaptada ao clima quente e seco do vale do Douro. Seu amadurecimento é tardio e seus bagos espessos, sua película grossa e densa lhe garantem alta resistência a ataques de doenças e pragas.

Vinhos com Tinto Cão

Os vinhos produzidos com a Tinto Cão normalmente possuem textura aveludada, bem como acidez equilibrada, além de serem bons para guarda, tornando-se elegantes e finos com o passar do tempo.

Além disso, a casta Tinto Cão é considerada  uma das cinco principais uvas utilizadas na produção do mundialmente famoso Vinho do Porto e também é bastante combinada com  Touriga Nacional e a Aragonez para produzir vinhos de corte.

O vinho que leva a Tinta Cão em seu blend pode ser claro e picante, ou ainda com coloração mais forte e aromas delicados e florais. Tem perfeito equilíbrio nos níveis de açúcar e acidez, seus taninos, suaves e duros ao mesmo tempo, são responsáveis por encorpar vinhos densos e longevos.

No entanto, é consenso entre produtores, enólogos e apreciadores que, para aproveitar ao máximo as qualidades desta uva, é preciso que sua colheita seja feita tardiamente, quando seu amadurecimento é total. O resultado são vinhos redondos, de alta qualidade e com sabor especial.

Fraga da Galhofa Reserva Blend

Quer experimentar um vinho produzido com Tinto Cão? O Fraga da Galhofa Reserva Blend, da vinícola Vini Lourenço, veio diretamente da região de Douro, em Portugal, é o resultado de um blend Tinto Cão (55%), Touriga Nacional (20%), Sousão (15%) e Tinta Roriz (10%)! O tinto tem um visual vermelho rubi e aroma exuberante de frutas vermelhas frescas, com notas de flores silvestres e um toque de madeira, bem integrada. Com certeza é um vinho muito gastronômico, indicado para refeições especiais. Ele chega ao seu potencial máximo quando acompanhado com pratos de tacho ou de forno bem temperados. Saiba mais e adquira o seu aqui: https://bit.ly/3mpTEeE

Preparar uma degustação de vinhos é uma ótima  ideia para reunir a família e os amigos! E a primeira coisa que nos vem à cabeça para um encontro como este é decidir quais rótulos irão abrilhantar o nosso cardápio. Afinal, essa bebida é a estrela do evento e deve ser escolhida com carinho. Mas sabia que existem dois tipos de degustação: a "vertical" e a “horizontal”? Hoje vamos falar sobre o que as tornam diferentes e quais os benefícios de cada uma. Vamos lá?

O que é uma degustação vertical?

Uma degustação vertical é o mesmo vinho de anos diferentes, normalmente do mesmo produtor. Por exemplo, uma vinícola produz um blend tinto que a cada ano, dependendo do clima e de outros fatores, é um pouco diferente. Prová-lo em diferentes safras “realmente mostra a expressão da própria vinícola.

Outra maneira de realizar uma degustação vertical é experimentar vinhos de diferentes vinícolas na mesma região. Ou seja, você pode olhar para Chiantis da Toscana em várias safras.

Uma dica: quando possível, tente fazer uma degustação vertical com vinhos que abrangem vários anos ou até décadas. Quanto maior a diferença de tempo, mais significativos serão os resultados, especialmente se o objetivo for ver como o vinho envelhecerá.

O que é uma degustação horizontal?

A opção mais comum é escolher uma única safra e comparar vinhos de diferentes propriedades ou vinícolas de uma região. Isso permite que você veja o desempenho de cada vinícola nas mesmas condições do ano. Ou seja, você está comparando o estilo de vinificação e os pequenos detalhes das práticas de cada vinícola.

Outro tipo que existe de degustação horizontal, às vezes chamada de degustação lado a lado, é quando apresentamos vinhos feitos da mesma uva, mas de diferentes lugares do mundo.

Além disso, embora muitos organizadores se apeguem aos vinhos do mesmo ano, eles podem vir de safras com um ou dois anos de diferença.

O que as degustações verticais mostram sobre os vinhos?

O benefício de fazer uma degustação vertical é que você está realmente mergulhando fundo em um produtor específico e pode ver a evolução dos vinhos e ver como ela muda ao longo do tempo. Você pode ver a consistência da vinícola e o que eles estão tentando alcançar.

As degustações verticais também são uma maneira interessante de ver como o clima e outras condições afetam um vinho – por exemplo, como será em safras mais quentes versus mais frias, ou em anos úmidos em oposição aos secos.

Por que as pessoas fazem degustações horizontais?

Pessoas com vinhos da mesma região podem ter uma impressão de um determinado lugar em um determinado momento. Degustações horizontais realizadas com vinhos da mesma uva e de diferentes regiões podem desenvolver uma melhor compreensão da expressão de cada região.

As degustações horizontais são uma ótima ferramenta educacional que permite que as pessoas que estão começando no vinho ampliem seu escopo e compreensão das diferentes regiões vinícolas do mundo – e especialmente as diferentes uvas cultivadas nessas regiões vinícolas.

Essa capacidade de aprender algo novo é o melhor motivo para participar de uma degustação, seja ela vertical ou horizontal!

Quando falamos de harmonização entre vinho e comida, acabamos, muitas vezes, focando em um emparelhamento perfeito com a refeição perfeita. Mas a vida nem sempre é assim. E quando falamos de petiscos? Qual vinho combina com cada um deles?

Para tornar suas noites um pouco mais divertidas ou se você está recebendo amigos e quer apenas alguns petiscos e um pouco de vinho, algumas combinações certamente agradarão.  Vamos lá?

Petiscos de antepasto com vinho tinto à base de Sangiovese

O antepasto é um primeiro prato tradicional em uma refeição italiana formal. Ainda assim, você não precisa se preocupar com formalidades aqui. Basta colocar camadas de mussarela, pimenta vermelha, salame ou qualquer outro aperitivo frio em cima dos espetos. E você tem uma combinação perfeita com vinhos à base de Sangiovese. Praticamente qualquer vinho tinto italiano serve.

Pão de alho com queijo harmonizado com Merlot

O sabor do pão aquecido com manteiga e alho, coberto com queijo derretido é bom demais para deixar de lado, principalmente se acompanhado de um vinho seco de qualidade como o Merlot, que tem um sabor frutado e acidez média que  eleva o peso do pão, manteiga e queijo.

Bruschetta harmonizada com Nero d'Avola

Nero d'Avola é um vinho que realmente deve ser combinado com comida. Por si só, é um pouco demais. Então insira uma bruschetta super fácil de preparar. Literalmente, qualquer coisa em cima de uma fatia de pão pode ser chamada de bruschetta. Até é só colocar um pouco de azeite em um pão tipo italiano e torrar. Sinta-se à vontade para adicionar alho ou tomate para um sabor extra, uma fatia de salame, um pouco de queijo feta – não há maneira errada de fazer isso. Nero d'Avola é o principal vinho tinto da Sicília.

Fatias de Pepperoni e Syrah

Para todos os amantes de carne, você precisa experimentar fatias de pepperoni com seu vinho tinto. Recomendo experimentar as fatias de pepperoni com um vinho frutado, como o Syrah. A combinação é implacável! Syrah também tem um sabor de pimenta preta que realça o tempero da calabresa.

Palitos de Mussarela e Barbera

Mussarela é um lanche de vinho tinto favorito para muitos. E por uma boa razão. Se você ainda não experimentou, certifique-se de fazê-lo em breve. Mussarela é um queijo bastante neutro e Barbera não vai dominar os sabores.

Uma excelente receita que vai fazer você se apaixonar perdidamente são os palitos de mussarela. Estes palitos de queijo empanados e esticados são ideais para vinho tinto. Experimente-os com um vinho rico e leve como o Barbera e agradeça-me depois.

Conta pra gente qual petisco com vinho tinto você gosta?

Vinho fino e vinho de mesa são termos que quem começa a se interessar por vinho passa a ouvir com frequência. Mas você sabe qual você normalmente toma? E você sabe qual é, de fato, a diferença entre vinho fino e vinho de mesa? Por isso, hoje resolvemos acabar com essa dúvida que muita gente tem! Vamos lá?

Primeiro é importante destacar que os termos são nomenclaturas oficiais e regulamentadas e a diferença básica entre eles está na espécie das uvas que dão origem ao vinho. A partir disso, cada tipo terá suas características de sabor, aroma ou corpo.

Os vinhos finos

Vinhos finos são os vinhos produzidos com as uvas da espécie Vitis vinífera, uvas mais encontradas na Europa, como, para os tintos, Cabernet Sauvignon, Syrah, Carmenère, Malbec, Pinot Noir e Merlot, e Riesling, Sauvignon Blanc e Chardonnay, para os brancos.

As uvas consideradas finas são mais secas e bastante amargas, com a casca mais grossa e os bagos menores. Além disso, são ricas em taninos, gerando vinhos complexos de polifenóis, com aromas e sabores mais ricos, normalmente mais secos.

O cultivo das uvas Vitis vinífera demanda  maior cuidado, pois elas não se adaptam a qualquer terreno ou clima, tendo uma regulamentação mais rigorosa.

Os vinhos finos normalmente apresentam uma coloração mais límpida e podem ser amadurecidos em barris de carvalho e envelhecidos em garrafas para atingirem seu máximo de sabor.

O que é um vinho de mesa?

Agora olhando para os vinhos de mesa, eles são produzidos com as uvas da espécie Vitis bourquina, as mais conhecidas são Niágara, Bordô, Concord e Isabel, ou a espécie Vitis labrusca, que aqui no Brasil é a mais utilizada.

São uvas que normalmente têm a casca mais fina e bagos maiores, com um alto teor de açúcar, perfeitas para o consumo in natura e também para a produção de sucos. As uvas possuem cascas mais finas, com poucas substâncias responsáveis por agregar complexidade.

Além disso, seu cultivo demanda menos cuidados, já que são plantas que se adaptam melhor a diferentes ambientes e climas. Os vinhos de mesa, produzidos com essas espécies, possuem características menos complexas de aroma e sabor, tendo uma coloração intensa e opaca, além de aromas rústicos.

Diferente do vinho fino, o vinho de mesa não é envelhecido em barris ou na garrafa, o que faz com que seja um tipo de bebida que deve ser consumido jovem para preservar o aroma, cor mais intensa e sabor frutado.

Qual escolher?

Tudo depende do gosto de cada um. Mas nossa dica é, para quem gosta de vinhos mais doces, os vinhos de mesa costumam agradar mais. Já os vinhos finos tem boa aceitação de quem prefere sabores mais intensos.

Gostou de saber um pouco mais sobre a diferença entre os vinhos finos e de mesa? Conta pra gente se você já sabia!

Os apreciadores de vinho sabem que fazer parte do mundo da viticultura é mais um estilo de vida do que uma simples decisão. Há uma arte não só em fazer vinho, mas também em apreciá-lo. Porém, tudo isso vem com uma enxurrada de perguntas sobre vinho e cultura do vinho. A complexidade dos perfis de sabor e da bebida, às vezes, pode ser um pouco intimidante para os recém-chegados. Por isso, hoje, queremos trazer as 10 perguntas mais frequentes sobre vinho compartilhadas pelo especialista em vinhos Jason McClain, em seu site. Vamos lá?

Os sulfitos são compostos químicos naturais encontrados no vinho. Embora em grau variável, os sulfitos são encontrados em todos os vinhos. Eles são os mais baixos em vinhos tintos, enquanto o vinho branco doce tem o maior teor de sulfito. Eles não são perigosos, embora raramente possam causar uma reação alérgica leve.

Isso vai depender em grande parte de quem você perguntar – alguns ainda afirmam que a forma do copo de vinho é o que realmente importa. Taças menores tendem a aumentar a intensidade, enquanto taças de vinho maiores estimulam uma complexidade mais aromática.

Muitos vinhos não podem ser considerados veganos nem vegetarianos devido a algo chamado processo de 'fining'. Considerando que alguns dos agentes clarificantes mais comuns não são aceitáveis ​​para veganismo ou vegetarianismo – como proteína do leite, proteínas animais, claras de ovos e proteína da bexiga de peixe – faz sentido.

Geralmente, uma garrafa de vinho aberta dura de 5 a 7 dias se armazenada na geladeira. Com o passar do tempo, e à medida que o vinho oxida, haverá mudanças sutis no sabor. Particularmente, o frutado se dissipa e a vibração diminui com o tempo.

Outra dúvida comum sobre o vinho diz respeito ao armazenamento. As garrafas fechadas devem ser mantidas em local seco, escuro, com baixa umidade e temperatura adequada. Certifique-se de que eles não sejam armazenados na posição vertical. As garrafas que foram abertas podem ser armazenadas na geladeira por até uma semana.

Desde que seja com moderação, um vinho tinto realmente oferece vários benefícios, incluindo proteção contra doenças cardíacas e inflamações, colesterol mais baixo e mais antioxidantes do que o vinho branco.

Os taninos são um grupo de compostos fenólicos, adquiridos da casca, sementes e caules das uvas. Eles são de importância distinta no que diz respeito ao sabor de um vinho específico após o processo de envelhecimento. Os taninos são um conservante natural e dão ao vinho uma sensação seca, que é especialmente aparente no retrogosto da maioria dos vinhos tintos (aquela conhecida sensação de boca seca). Embora os vinhos tintos e brancos tenham taninos, é consideravelmente mais aparente nas variedades de vinho tinto.

Esta é uma das perguntas mais frequentes sobre o vinho. Como qualquer vinho passa pelo processo de envelhecimento, desencadeia uma reação química complexa entre os ácidos, açúcares e substâncias conhecidas como compostos fenólicos. Esses compostos fenólicos podem não apenas alterar o sabor (geralmente para melhor, mas nem sempre), mas também o aroma e a coloração. Níveis mais altos de fenol no vinho (certos tipos de Syrah, Nebbiolo) significam que ele envelhecerá bem. O vinho com baixo nível de fenol normalmente não envelhece muito bem. Um vinho que envelhece extraordinariamente, ou aqueles que são “construídos para envelhecer”, são incrivelmente raros.

Embora a qualidade seja, obviamente, mais alta, muitas das uvas usadas na fabricação de vinhos caros são da mesma vinha que as usadas para fazer variedades mais baratas. Às vezes, eles também são elaborados pelo mesmo enólogo. Geralmente, quanto maior o preço, mais notáveis ​​os aromas e mais vibrantes os sabores.

Apesar de ser mais de preferência pessoal, existem orientações comumente conhecidas ao emparelhar certos alimentos com variedades específicas de vinho, principalmente, os alimentos precisam combinar com o vinho em intensidade de sabor. Os vinhos tintos combinam bem com sabores e carnes ousadas, enquanto os brancos combinam bem com carnes mais leves, como frango e/ou peixe.

Aí está – conhecimento é poder e você está no caminho certo para o status de conhecedor de vinhos. Acho que isso pede uma comemoração, não é? Hora de abrir uma garrafa, sentar, relaxar e saborear o momento. Afinal, viver o momento é o que realmente importa. Certifique-se de verificar todos os outros artigos do blog para obter todas as suas perguntas sobre vinho respondidas. Felicidades!

Gostou de saber um pouco mais sobre o universo do vinho? Conta pra gente se você já sabia todas as respostas!