Quando pensamos em Ano Novo é quase que impossível não pensar em espumante, não é mesmo? Talvez a tradição mais famosa e mais adotada desta data seja o brinde com uma taça de espumante. O ato de estourar a garrafa na virada do ano é um costume enraizado na cultura mundial. Mas você sabe a história por trás dessa bebida?

Hoje vamos falar sobre o  Prosecco, que é o vinho espumante mais popular da Itália e o mais exportado no mundo. Frequentemente comparado ao Champagne francês, ele é produzido a partir de uvas exclusivas e um método bem particular e controlado, que garante que cada garrafa apresente o grau exato de bolhas e pressão. Vamos lá?

Localizada no nordeste da Itália, entre o Mar Adriático e a cadeia de montanhas dos Alpes,  as regiões vinícolas de Veneto e Friuli-Venezia são conhecidas por produzir o espumante Prosecco e é uma das áreas mais produtivas do país. 

Na Itália, como em outros países, existe o sistema de denominação de origem (DOC) que são regras e legislações rígidas que garantem que a produção do vinho seja controlada e siga técnicas e mantenham as características de cada uva e terroir.

Tecnicamente, o Prosecco é um vinho espumante originário de Vêneto, na Itália. Hoje os Proseccos DOC são produzidos nas regiões de Vêneto e Friuli, mas só Conegliano, Valdobbiadene e Asolo têm o privilégio de produzir um Prosecco do tipo DOCG. 

As Denominações de Origem Controlada (DOC) e Denominações de Origem Controlada e Garantida (DOCG) de Prosecco são:

• Prosecco DOC;
• Prosecco Treviso DOC;
• Prosecco Trieste DOC;
• Asolo Prosecco DOCG*;
• Asolo Prosecco Col Fondo DOCG;
• Conegliano Valdobbiadene Prosecco DOCG*;
• Conegliano Valdobbiadene Prosecco Superiore DOCG;
• Conegliano Valdobbiadene Prosecco Superiore Rive DOCG;
• Valdobbiadene Superiore di Cartizze DOCG.

Com certeza poderíamos ficar horas aqui falando sobre cada um deles, mas hoje selecionamos um DOC e um DOCG para trazer mais detalhes:

Prosecco DOC

A área de produção do Prosecco DOC está localizada na região nos territórios de Friuli Venezia Giulia (Gorizia, Pordenone, Trieste e Udine) e Veneto (Belluno, Pádua, Treviso, Veneza, Vicenza).E   é nessa classificação que está a maior parte da produção de Prosecco da Itália.

Normalmente, os Proseccos DOC têm cor amarelo palha, com alguns reflexos esverdeados e brilhantes. Tem aromas de frutas cítricas, maçã verde, pêssego e flores brancas. No paladar é frutado, leve e refrescante.

Asolo Prosecco DOCG

A área de produção de Asolo Prosecco DOCG é a única denominação autorizada a produzir Extra Brut, com menos de 6 g/l de açúcar. Isso porque as uvas são originárias das colinas de Asolo, onde a terra naturalmente produz uvas que originam vinhos mais estruturados.

Outro destaque dessa DOCG para as outras regiões produtoras de Prosecco da Itália é a utilização de leveduras nativas. Através de um estudo patrocinado pelo Consórcio de Vinhos Asolo Montello, conseguiram selecionar leveduras nativas especificamente adaptadas ao substrato e ao território, provenientes de regiões vitícolas específicas, o que se torna uma importante ferramenta para melhorar as características sensoriais e proteger a tipicidade e diversidade dos vinhos, além de melhorar a qualidade e complexidade sensorial dos vinhos locais.

Não importa qual seja sua escolha de Prosecco, ele com certeza te acompanhará em um brinde muito especial neste começo de ano! Feliz 2022!

O Natal está chegando! É tempo de decorar a casa, escolher cada detalhe da ceia e os pratos típicos que serão servidos. Cada família tem seus costumes e tradições, mas não importa quais sejam os pratos escolhidos para a ceia, a seleção do que beber com o jantar de Natal não pode ser deixada de lado, principalmente para os amantes do vinho.

Para te ajudar nesse desafio natalino e tornar a compra de suas garrafas de Natal um pouco mais fácil, separamos algumas dicas de vinhos que melhor combinam com os tradicionais pratos natalinos. Vamos lá?

Talvez o conselho mais fácil de todos a seguir venha da escritora de vinhos Victoria Moore: 'O jantar de Natal é como a grande caixa de enfeites no armário sob os degraus, cheia de bugigangas vistosas, de bom gosto, de feias, combinando e conflitantes: a grande mistura de tradição familiar, cor e capricho.

Ou seja, quando você se senta à mesa de Natal, o primeiro dever do vinho não é realmente acompanhar a comida, mas sim acompanhar o seu estado de espírito: deve ser festivo e comemorativo. O melhor conselho é, portanto, beber o vinho que você mais gosta na hora. Quem pode dizer mais justo do que isso?

Combinações clássicas

No entanto, existem algumas combinações mais clássicas que podem ser mais certeiras caso você queira fazer uma harmonização mais requintada com sua escolha de jantar. E separamos algumas combinações:

Entradas

O salmão defumado é uma boa escolha para começar uma festa do dia de Natal. E se você combinar com cream cheese, caviar ou torradas finas, a combinação de riqueza e fumaça pode torná-lo uma combinação complexa para o vinho. Uma sugestão é um vinho branco ou espumante para cortar a gordura e neutralizar a fumaça.

Já as entradas vegetarianas, como o queijo de cabra, seja assado em uma torta ou esfarelado em pedaços generosos sobre uma salada. Os cogumelos são outra suspeita comum quando se trata de alimentos básicos vegetais de Natal, mexidos em risotos ou feitos em patês e terrinas. Para beber, o final nítido e limpo e o frescor relvado do sauvignon blanc é um clássico absoluto com queijo de cabra. Já os cogumelos adoram um pinot noir.

Prato Principal

O Peru é um prato bastante apreciado na época de Natal. Além dele, é comum encontrarmos boas receitas com o Chester e também com o Frango. E o que beber com eles? Um jovem Pinot Noir adiciona uma vibração de molho de cranberry ao peru, mas são fáceis o suficiente para não entrar em conflito com os acompanhamentos. Uma jovem Valpolicella também funcionaria, aproveitando ao máximo o encanto da corvina cheia de cereja.

Também é possível combiná-los com vinhos rosés e brancos secos de boa estrutura. As uvas Sauvignon Blanc e Chardonnay produzem bons exemplares que cumprem bem o papel. Para aqueles que não abrem mão de um vinho tinto, as melhores opções são os de corpo leve e sem muitos taninos.

Se você optar por servir uma carne vermelha assada, os tintos clássicos de Natal podem ser uma ótima opção. Garrafas à base de Cabernet Sauvignon nunca terão uma exibição melhor do que no almoço de Natal. Um ousado italiano como um Chianti ou Nebbiolo podem ser os escolhidos também.

Sobremesas

O panetone com frutas cristalizadas pode ser acompanhado por um espumante brut. Quem prefere um paladar mais doce, pode optar pelos espumantes demi-sec ou da uva Moscatel. Panetones de chocolate, os Chocotones, por conta da doçura ficam melhores com Vinhos do Porto ou Madeira.

Lembrando que todas as sobremesas ficam melhores com vinhos doces. Se você optar por espumantes, os mais indicados são os classificados como Dulce ou Doux, pois contém maiores níveis de açúcar. Os espumantes da uva Moscatel também acompanham bem as sobremesas.

Gostou das dicas? Deixe o seu comentário e um Feliz Natal!

Você já se sentiu com sono depois de algumas taças de um delicioso vinho tinto? Mas você já se perguntou por que o vinho tinto deixa você tão cansado? Por que há o boato que uma garrafa de tinto deixa você mais preparado para cochilar do que seus parentes mais leves?

Para ajudar a esclarecer esses questionamentos, primeiro é importante analisarmos  as diferenças científicas entre tintos e brancos, a química por trás de um copo de efeitos indutores de sono do tinto. Vamos lá?

Vinho Tinto vs. Vinho Branco no Sono

Embora os dois tipos de vinhos, tintos e brancos, possam deixar você sonolento, existem diferenças científicas que mostram que cada um deles tem efeitos únicos no cérebro e no corpo. Por exemplo, como as uvas brancas amadurecem mais rápido do que as tintas, os produtores de vinho as colhem quando estão menos maduras, levando a menores teores de açúcar e álcool nos vinhos brancos.

Enquanto que para a produção dos vinhos tintos, as uvas vermelhas são colhidas mais tarde e mais maduras que as brancas. Essa mudança notável contribui para o maior teor de álcool dos vinhos tintos. Uvas maduras têm níveis de açúcar mais altos, o que significa que há mais açúcar para as leveduras converterem em álcool durante o processo de fermentação.

Uma vez que os produtores de vinho começam a fermentar suas uvas vermelhas, eles também as mantêm em contato constante com suas películas. Esta escolha é responsável pelas distinções mais proeminentes entre vinho tinto e vinho branco: as cascas das uvas vermelhas são ricas em taninos, o que confere aos vinhos tintos sua textura sedosa, assim como a melatonina, o famoso hormônio do sono que desempenha um papel central no ciclo de sono do nosso corpo.

Portanto, os vinhos tintos deixam você mais sonolento do que os brancos porque têm concentrações de álcool mais altas, um poderoso sedativo tranquilizante e melatonina, o hormônio do sono mais famoso do mundo.

Álcool e Melatonina no vinho

É do conhecimento comum que o álcool e a melatonina deixam você com sono, mas cada um realiza essa tarefa de maneira diferente. Então a seguir vamos explicar como cada um deles, presente no vinho, interfere em seu sono

Álcool

O álcool deixa você mais cansado por deprimir o sistema nervoso central (SNC) que inclui os nervos do cérebro e da medula espinhal e é o principal responsável pelas principais funções do corpo e da mente.

Quando você consome uma bebida alcoólica (como vinho), o álcool atua para imediatamente sedar e relaxar o seu SNC. Isso pode aliviar a ansiedade, induzir euforia e, principalmente, deixá-lo um pouco sonolento.

Melatonina

A melatonina é um hormônio do sono que seu corpo produz naturalmente, mas também é encontrada em vários suplementos - e no  vinho tinto. E à medida que nossos níveis de melatonina aumentam, começamos a entrar em um estado de paz e tranquilidade repousantes, ideal para adormecer.

Por outro lado, a melatonina no vinho tinto pode ajudá-lo a adormecer, mas é muito improvável que crie uma noite plena e ininterrupta de sono saudável.

Como Beber Vinho Tinto Sem ficar com sono

Algumas dicas importantes para você conseguir apreciar seu vinho tinto sem adormecer é comer antes de beber, o que diminui a velocidade com que seu corpo absorve e sente os efeitos de sua bebida.

Além disso,é sempre importante manter seu corpo hidratado, especialmente antes, durante e depois de beber. O álcool é um diurético, o que significa que força nosso corpo a remover líquidos mais rápido do que o normal.

Se não bebermos água suficiente antes / enquanto / depois de beber álcool, temos muito mais probabilidade de ficar desidratados e sentir os efeitos potencialmente negativos de nossos vinhos favoritos.

Beber vinho deve ser uma experiência relaxante e de lazer. Por isso, desfrute de sua taça em um ritmo seguro que funcione para você.

Gostou? Conte aqui nos comentários se você sente muito sono depois de beber algumas taças de vinho tinto!

Com 31 mil km² de área dividida em oito sub-regiões, a região do Alentejo, localizada no sul do país, tem paisagens marcantes e rústicas com um solo composto de xisto e areia, uma altitude mais baixa e o clima quente, com invernos amenos e baixa incidência de chuvas.

Todo este cenário não é, tradicionalmente, propício para a produção de vinhos, mas o Alentejo, surpreendentemente, é a maior região produtora de vinhos de Portugal.  Isso se dá pelas técnicas específicas que foram desenvolvidas para garantir a cultura de vinhos na região, que resultou na produção de vinhos únicos, distintos e diferenciados. E hoje vamos falar especificamente sobre esses vinhos alentejanos, que merecem nossa atenção. Vamos lá?

Em sua maioria, os vinhos alentejanos são tintos encorpados, frescos e frutados. Entre as principais vinhas plantadas na região, estão as portuguesas Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Aragonez e Touriga Nacional. Também é possível encontrar vinhos feitos de Cabernet Sauvignon e Syrah.

Regiões DOC no Alentejo

Os Vinhos que são produzidos com controle de qualidade rígido em determinadas regiões recebem a atribuição da Denominação de Origem Controlada (DOC) que garante que os produtores sigam uma legislação específica, como a composição do solo e as uvas permitidas. E é o caso dos vinhos do Alentejo que tem para algumas de suas principais sub-regiões, como Borba, Évora, Moura, Granja-Amareleja, Redondo, Portalegre e Vidigueira.

Características de um vinho Alentejano

Com foco na sustentabilidade, que fortalece a preservação ambiental e longevidade das vinhas, a região tem inúmeras castas plantadas. Entre os vinhos brancos, a uva Antão Vaz, é a maior encontrada na região. Sem esquecer das castas nativas Arinto Fernão Pires e Roupeiro. Já das tintas, destacam-se Alicante Bouschet, Aragonês e Trincadeira.

No entanto, as possibilidades de blends são infinitas, destacando o mais comum que é composto por Castelão, Aragonês e Trincadeira.

Com tantas opções e diversidade, é invejável a qualidade dos vinhos alentejanos, que são conhecidos por três principais características: os vinhos tintos, em sua maioria, têm bom corpo, coloração escura e bons para consumir ainda jovens. Além disso, outras características marcantes são os sabores de frutas silvestres e vermelhas, textura aveludada e elegantes.

Apesar de serem menos tradicionais, também é possível encontrar bons vinhos brancos elaborados nessa parte de Portugal. Eles costumam ser suaves, ligeiramente ácidos e com aromas de frutas tropicais.

Hora de experimentar um Vinho Alentejano

O vinho 3 Herdades Tinto Reserva, é produzido na vinícola Herdade Paço do Conde, que fica nesta região. O tinto tem uma cor granada com aroma intenso de notas de frutas silvestres e a combinação das uvas aragonês, trincadeira, alicante bouschet e touriga nacional garante um paladar equilibrado, suave e final de boca persistente. Uma ótima sugestão é acompanhá-lo com carne assada ou com temperos intensos e suculência.

Gostou? Confira todos os vinhos portugueses que acabaram de desembarcar aqui na Ivini: https://www.ivini.com.br/collections/portugues

Não tem como pensar em vinho e não pensar em uvas, não é mesmo? Mas você sabia que existe também um mundo menos explorado e muitas vezes mal compreendido de vinhos feitos de outras frutas, nozes, arroz e muito mais? Isso mesmo que você leu! Apesar de não serem tão populares, existem muitos tipos de vinho sem uvas para provar.

Isso porque, praticamente, qualquer matéria vegetal pode ser fermentada e usada para criar um vinho com um perfil de sabor que você ainda não descobriu. Dentes de leão, margaridas, frutas e ervas, são todas possibilidades de serem a base do seu novo vinho favorito.

Embora existam muitas bebidas fermentadas peculiares a serem exploradas, hoje vamos falar mais sobre 3 dos mais interessantes vinhos sem uva:

Vinho de arroz

Muitos historiadores acreditam que uma versão do vinho de arroz produzida por volta de 7.000 aC, no Vale do Rio Amarelo, na China, foi a primeira bebida alcoólica fermentada do mundo. Originalmente feita com uma mistura de arroz e mel, esta bebida precedeu o vinho de uva em quase meio século e rapidamente se tornou um alimento básico na China.E, apesar da popularidade do vinho de arroz ter diminuído notavelmente na China desde seu surgimento, a mistura antiga ainda é mais comum do que o vinho de uva na Ásia.

E assim como no vinho de uva, os sabores encontrados no vinho de arroz variam. Alguns vinhos de arroz são doces, enquanto outros são apimentados com um elemento saboroso.

Vinhos de frutas (exceto uvas)

Como falado no começo do texto, o vinho pode ser feito a partir de todos os tipos de frutas, como maçãs, peras, mirtilos e até bananas...Inclusive, um dos vinhos de frutas mais populares, que não é feito de uvas, é a cidra alcoólica. Apesar do nome não indicar, a sidra alcoólica é, por definição científica, um vinho sem uva - e muito popular.

Feita a partir do suco fermentado de maçãs, esta bebida é parente da fruta do vinho de uva, mas possui qualidades divergentes importantes. Por exemplo, as sidras "duras" têm níveis de álcool muito mais baixos em volume (4,5-7%) do que os vinhos de uva (~ 13-15%) e níveis muito mais altos de teor de açúcar (6-15%) do que seus parentes à base de uva ( 0,7-2%).

Essas diferenças acontecem devido às variações na fermentação entre as duas bebidas, já que o vinho tradicional passa por uma fermentação muito mais longa, que transforma mais de seus açúcares em álcool.

Vinho de nozes

Para uma última opção sem uva, vamos nos concentrar em uma bebida menos conhecida, mas altamente exclusiva: o vinho de nozes.

Frequentemente cultivada no Havaí, o vinho de nozes, também conhecido como vin de noix,  pode ser feito de nozes de macadâmia ou de nozes. O Vinho de noz de macadâmia é feito a partir do mel viscoso das flores de nozes de macadâmia, este vinho distinto é leve, encorpado com notas de mel e uma textura macia e amanteigada.

É um vinho de mogno escuro, suave e rico, que oferece um sabor exótico. A maioria aprecia o vinho com sobremesas como pudins, ou misturado com um pouco de refrigerante ou limonada como aperitivo incomum.

Por que o vinho de uva é o mais popular?

Enquanto o vinho de arroz, cidras de frutas e similares merecem atenção,  não há dúvidas que o vinho de uva ocupa um lugar especial no coração das pessoas e também aqui na Ivini.

O vinho tradicional pode ser elaborado com muitas variações exclusivas, o que garante uma infinidade de possibilidades infinitas. Com técnicas de pesquisa e tecnologia que combinam estilos antigos com o conhecimento moderno do clima, terreno e colheita, os vinicultores de hoje elevam seu ofício aos mais altos níveis de arte e ciência.

Nós da Ivini acreditamos que, embora os vinhos sem uva possam ser mais exóticos em seu perfil e sabor, nenhuma bebida pode melhorar uma refeição como a garrafa perfeita de vinho de uva!