Os dias começam a ficar mais frescos, as folhas ganham tons dourados, e aquela vontade de um vinho para combinar com o clima chega junto com o outono.

Se engana quem pensa que essa estação pede apenas tintos encorpados, o segredo está em escolher rótulos que harmonizam com essa transição entre o calor do verão e o frio do inverno.

Vinhos tintos: estrutura e aconchego

Para quem ama um bom tinto, o outono pede vinhos de corpo médio e taninos bem equilibrados, que tragam estrutura sem pesar demais. Uma excelente escolha é o Vento di Mare Syrah, um rótulo da Sicília que combina notas de frutas do bosque com especiarias como pimenta preta e cacau. Seu paladar intenso e aveludado faz dele um parceiro perfeito para pratos como lasanha à bolonhesa e carnes assadas.

Vinhos brancos: frescor e sofisticação

Os brancos mais maduros, com passagem por barrica, são ideais para o outono, trazendo elegância e complexidade ao paladar. Um exemplo incrível é o Ludovico Bianco Riserva, ganhador da medalha de ouro na premiação Mundus Vini. Ele combina as uvas Catarratto e Chardonnay, resultando em um vinho equilibrado, com notas de frutas brancas e um toque mediterrâneo. Harmoniza perfeitamente com peixes grelhados, ostras e pratos inspirados na culinária do sul da Itália. 

A temperatura certa faz toda a diferença!

Para aproveitar cada vinho no seu melhor momento, vale lembrar: Tintos devem ser servidos entre 14ºC e 16ºC. Brancos ficam perfeitos entre 8ºC e 10ºC.

Agora que você já sabe quais rótulos combinam com a estação, que tal escolher o seu e tornar o outono ainda mais especial? Conta pra gente: qual vinho não pode faltar na sua adega nesta época do ano? 

A culinária vegetariana é rica em sabores, cores e texturas, proporcionando uma diversidade gastronômica que surpreende até os paladares mais exigentes. E, para aqueles que apreciam um bom vinho, a boa notícia é que existem combinações perfeitas entre vinhos e pratos sem carne. 

O segredo da harmonização está no equilíbrio entre a intensidade do prato e o perfil do vinho, garantindo uma experiência completa e prazerosa. Vamos explorar algumas das melhores opções para combinar vinhos tintos, brancos e rosés com pratos vegetarianos.

Vinhos Tintos 

Os tintos encorpados são ideais para pratos com molhos intensos, frituras e massas robustas. Um excelente exemplo é o Masseria delle Stelle Negroamaro Salento IGP, que possui notas elegantes de frutas vermelhas e taninos bem equilibrados.

Vinhos Brancos

Leves e refrescantes, os brancos combinam perfeitamente com pratos suaves, saladas e legumes grelhados. O Marchese Montefusco Pinot Grigio Sicilia IGP é uma excelente escolha, trazendo notas frescas de pêssego e maçã verde.

Vinhos Rosé

Com seu frescor e suavidade, o rosé é versátil e combina bem com pratos agridoce, sopas leves e massas delicadas. O Masseria delle Stelle Negroamaro Rosato Salento IGP é uma opção deliciosa, com aromas de frutas vermelhas e notas florais.

Dica extra: harmonização por cor! 

Uma regra simples é harmonizar os alimentos conforme sua tonalidade: pratos de cores quentes tendem a combinar com tintos, enquanto pratos de cores frias se ajustam melhor aos vinhos brancos.

Agora que você já sabe como harmonizar vinhos com pratos vegetarianos, qual dessas combinações você quer experimentar primeiro? Conta pra gente.

Quando pensamos em vinho, as cores são uma das primeiras características que notamos. Mas as diferenças entre vinho branco e tinto vão muito além da coloração. Vamos explorar essas nuances e descobrir o que realmente distingue esses dois estilos de vinho.

O ponto de partida mais básico é a cor das uvas utilizadas. Os vinhos tintos são feitos a partir de uvas de casca escura, como Cabernet Sauvignon e Merlot. Já os vinhos brancos são elaborados com uvas de casca clara, como Chardonnay e Sauvignon Blanc. Contudo, é interessante notar que muitas uvas têm mutações naturais, resultando em diferentes variações de cor, como no caso das uvas Pinot Noir, Pinot Gris e Pinot Blanc, que compartilham o mesmo DNA, mas apresentam cores distintas.

Uma das principais diferenças entre os vinhos tinto e branco está no processo de fermentação. Nos vinhos tintos, as uvas são fermentadas com as cascas e sementes, responsáveis por fornecer cor, taninos e sabores mais intensos ao vinho. Em contraste, nos vinhos brancos, as cascas e sementes são removidas antes da fermentação, resultando em um perfil de sabor mais leve e fresco.

Os vinhos tintos são frequentemente apreciados por seus sabores ricos e complexos, com notas de frutas escuras, especiarias e até mesmo chocolate. Esses vinhos costumam ter uma estrutura mais robusta, devido aos taninos presentes nas cascas das uvas. Por outro lado, os vinhos brancos são valorizados por sua acidez vibrante, aromas florais e sabores de frutas cítricas e tropicais, oferecendo uma experiência de degustação mais leve e refrescante.

O método de envelhecimento também contribui significativamente para as diferenças entre vinhos tintos e brancos. Vinhos tintos geralmente são envelhecidos em barris de carvalho, o que permite uma ligeira oxidação e adiciona complexidade, suavizando os taninos e introduzindo notas de baunilha e especiarias. Já os vinhos brancos muitas vezes são fermentados e armazenados em tanques de aço inoxidável, preservando sua frescura e intensificando seus sabores frutados e florais.

Compreender as diferenças entre vinhos tintos e brancos é essencial para apreciar a riqueza e diversidade do mundo dos vinhos. Desde a escolha das uvas até o processo de vinificação e envelhecimento, cada etapa contribui para criar vinhos com perfis únicos. Na próxima vez que você levantar uma taça, lembre-se dessas nuances e desfrute de cada gole com um novo olhar.

Ok, esse post tem um toque de auto-indulgência. Além de adorar vinhos, sou fanático por pizzas. Então, pensei: por que não juntar o útil ao agradável e, de quebra, já planejar o menu para o final de semana? Em minha defesa: acredito que eu esteja na companhia de algumas milhares de pessoas. Milhões, para ser sincero. Pizzas e vinhos nunca estiveram tão em alta.

Bom, logo de cara dá para dizer que essa é uma combinação relativamente simples. Há muitos vinhos que combinam com muitas pizzas, dependendo dos ingredientes em questão. A lógica segue aquela de sempre: pratos mais gordurosos e/ou ricos em proteínas caem bem com vinhos ricos em tanino. Opções mais leves podem ser acompanhadas por uma variedade maior de vinhos tintos e até mesmo brancos (mais sobre isso em seguida).

No entanto, a ideia é sempre darmos um passo além, transformando a ocasião gastronômica em uma experiência, não é mesmo? Por isso, o desafio deste post residiu em conjugar sabores de pizzas verdadeiramente italianos com vinhos igualmente oriundos da Velha Bota.

3 harmonizações de vinhos e pizzas clássicas italianas

1. Margherita + Barbera d’Alba: a mais tradicional das pizzas italianas, também conhecida como "Napolitana", não leva nada além de molho de tomate, pedaços de mussarela fresca e manjericão e deve ter o tamanho do seu prato. Justamente por ser símbolo de simplicidade, a Margherita harmoniza perfeitamente com o Barbera d’Alba, que é marcado pelo frescor de suas notas, assim como pela acidez final, que casa perfeitamente com o molho vermelho.
2. Funghi + Barolo: essa é uma pizza tradicional na Itália, que leva uma grande variedade de cogumelos. Essa riqueza de sabores conjugada com a gordura da mussarela e um pouco de tomilho fazem desta a minha opção favorita (mas, é claro que você tem que gostar de cogumelos). Geralmente, os cogumelos e as ervas são posicionados em cima de uma base cremosa de queijo; por isso, a combinação com uma versão envelhecida de Nebbiolo, como um Barolo tradicional, funciona bem para destacar características de sabor semelhantes, todas com acidez perfeita para cortar a cremosidade do queijo.
3. Prosciutto e Rúcula + Scavigna Bianco: esta pizza combina duas especiarias muito queridas na Itália: presunto e rúcula, ingredientes que a torna leve e saborosíssima ao mesmo tempo. Na prática, as carnes curadas e as saladas verdes são ótimas para uma harmonização marcante e fresca ao mesmo tempo. É por isso que o Scavigna Bianco é indicado. É o equilíbrio perfeito entre sofisticação e simplicidade à mesa.

O senso comum diz que os chamados “vinhos de cozinha” são baratos e de baixa qualidade. Pois esse raciocínio é, no mínimo, impreciso. Enquanto alguns dos melhores vinhos brancos indicados para cozinhar diversas receitas tendem a ter preços realmente acessíveis, eles podem ser reconhecidos e deliciosos. E o melhor: a maioria das receitas levam bem menos do que uma garrafa, o que convida você a servir duas ou mais taças.

A ideia por trás da utilização do vinho em um prato específico é adicionar um toque doce à receita. Durante o preparo, o álcool do vinho evapora. O que fica é o sabor da bebida (frutado, fresco, doce) no prato. Na medida certa, essa incorporação do sabor do vinho pela comida vai enriquecer substancialmente a harmonização à mesa.

Como regra geral, os vinhos brancos secos para cozinhar devem ser combinados com pratos mais leves, como frango, sopa, mariscos e legumes. Não por outro motivo, o vinho adequado para preparar determinada receita é o mesmo que você utilizaria na harmonização do prato. Vinhos brancos secos são usados para tudo, desde molhos cremosos a sopas e carnes.

Vinhos brancos doces

As opções suaves ou doces dos vinhos brancos também são ótimas opções para serem utilizadas em receitas diversas, especialmente de sobremesas. Molhos doces para tortas de frutas ficam inesquecíveis quando enriquecidos com vinhos brancos suaves, por exemplo. Peixes, lagosta e camarão também são ótimas dicas.

Como esses vinhos são sensíveis ao tempo, uma boa ideia é planejar consumir a garrafa toda uma vez aberta.

3 dicas essenciais para cozinhar com vinho branco

• No caso de molhos cremosos, cozinhar o vinho separadamente até reduzir o volume pela metade. Depois, adicionar o creme. Isso evita contaminar o doce com o álcool do vinho.
• Em receitas com carne, você pode adicionar algumas colheres de sopa de vinho para ajudar a amaciar e caramelizar o prato.
• Quanto mais tempo você cozinhar o vinho, menos álcool terá no prato. Pode levar até duas horas e meia, em ebulição moderada, para remover completamente o álcool do vinho.